"Boa sorte", diz Otaviano Pivetta sobre saída de Taques do PDT

Coordenador da campanha eleitoral e também da equipe de transição do governador Pedro Taques (PDT), o prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (PDT), disse não estar magoado, nem pessoal nem politicamente, com o ex-procurador da República -- responsável pela prisão do bicheiro João Arcanjo Ribeiro -- e ex-senador. “Desejo boa sorte pra ele se esse for mesmo o caminho escolhido [o da saída]”, disse o prefeito democrata-trabalhista.

"Ele deve estar fazendo isso pra melhor se colocar politicamente, pra arrumar melhores benefícios pro Estado, além de estar num partido em que ele ideologicamente se sinta bem”, continuou Pivetta. Ele também afastou qualquer possibilidade, por mais remota que seja, de seguir o caminho de Taques e deixar o PDT.

“Não há mágoa nenhuma com a decisão dele. Tenho minhas convicções, me sinto muito bem no PDT. É um partido que tem uma história maravilhosa, que infelizmente hoje não anda bem, como muitos partidos não andam bem, mas quero que o Pedro faça o que achar melhor e, como falei, boa sorte a ele”, reforçou.

Sobre os motivos de se sentir tão confortável no partido e de nem mesmo cogitar manter a proximidade de classificação partidária com o governador, Pivetta foi firme. “Pra que eu preciso de um partido político? Pra ter legitimidade pra estar à disposição da sociedade, e o PDT sempre me ofereceu isso. Além de satisfazer meu olhar ideológico, sempre admirei o Brizola, assim como o meu pai admirava, e me sinto muito bem aqui, mas não posso julgar nem dar opinião pra quem já decidiu ir. Ele me pediu opinião e eu dei, e foi essa, que era hora de aproveitar a confiança depositada nele e ser um grande governador. Pra ter condições e legitimidade pra andar na política, e pra ter um partido certo pra ele ir”.

Entretanto, o líder, que é um dos prefeitos mais bem votados do Estado, admite que a saída do governador vai ser uma baixa significante, bastante sentida na legenda, e da qual vão precisar se recuperar. “Hoje ele é o líder invicto de Mato Grosso, tem um futuro brilhante na política. Mas primeiro precisa mostrar que é um bom governador, porque esta é a primeira experiência dele”.

Sobre 2016, e reeleição, ele ainda não se definiu. “Ainda é muito cedo, isso a gente só decide mais tarde”, encerrou.