Taques já fala em permanecer no PDT

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Domingo, 21 Junho 2015 | GAZETA DIGITAL
Embora tenha afirmado a intenção de deixar o PDT, o governador Pedro Taques pode acabar mudando de ideia com base nos recentes acontecimentos políticos em níveis nacional e estadual. A dificuldade em se acomodar em um palanque capaz de garantir apoio a todos os aliados nas eleições do ano que vem pode fazer com que ele prossiga, ao menos até o final de 2016, na sigla.
Convidado formalmente por 2 partidos, o PSDB e o PSB, que inclusive acena com um projeto para alavancá-lo ao status de liderança nacional, Taques tem dito aos seus interlocutores mais próximos, que ainda não decidiu sua situação partidária. Um dos fatores pode ser a mudança no cenário político.
Tido anteriormente como favorito para abrigar o governador de Mato Grosso, o PSDB, por meio de sua Executiva Nacional, baixou uma resolução que dificulta a entrada de Taques na sigla. A intenção dos tucanos é ter candidatos a prefeito em todos os municípios com mais de 200 mil habitantes. “Será que ele deixaria de apoiar o prefeito Mauro Mendes (PSB), aliado de primeira hora? Ou será que ele entra no partido e não apoia o candidato do PSDB para se manter ao lado de Mendes?”, questiona o deputado estadual Wilson Santos (PSDB), que não consegue enxergar um cenário político que torne clara a eventual mudança de Taques, que tem mantido, com regularidade, encontros com o presidente nacional do partido, o senador Aécio Neves.
MAGGI NO PMDB
O fator “Mauro Mendes” também pode inviabilizar, ou ao menos gerar um grande mal estar para outra liderança política de Mato Grosso que pretende mudar de partido, o senador Blairo Maggi, prestes a deixar o PR e migrar para o PMDB. Isso porque o partido, praticamente rompido com o PT, seu aliado dos últimos anos em nível federal e local, pretende lançar como candidato o ex-juiz Julier Sebastião da Silva para disputar o Palácio Alencastro, colocando Maggi em lado oposto ao de Mendes, lançado na política pelo senador.
Enquanto as mudanças não se concretizam, os partidos interessados adotam a cautela ao falar do tema. “Fizemos um convite, insistimos nele porque vemos em Taques a nova política, assim como é o nosso partido”, afirmou o deputado federal Fábio Garcia, que em breve assumirá o comando do PSB em Mato Grosso.
Por outro lado, ainda que com divergências com o governador, o presidente do PDT em Mato Grosso, Zeca Viana, destaca que sempre foi a intenção da sigla mantê-lo. “Ele foi nosso grande projeto nos últimos anos. Tanto em 2010, quando compramos uma grande briga e o ajudamos a se eleger senador, quanto agora, com ele escolhido governador. É uma decisão de foro íntimo. Só nos resta esperar”, afirmou o deputado estadual.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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