Políticos devem oficializar mudanças em agosto

O mês de agosto pode marcar o início da “temporada” de migração de legendas entre prefeitos e parlamentares. É quando o PL, partido que vem sendo criado em Mato Grosso pelo vice-governador Carlos Fávaro (PP), deve ser oficializado perante a Justiça Eleitoral, conforme previsão do próprio progressista.

De acordo com Fávaro, por enquanto não foram feitos convites formais a nenhuma liderança política. O diálogo aberto com deputados como Dilmar Dal Bosco (DEM) e Ondanir Bortolini, o Nininho (PR), seria no sentido somente de auxiliar a criação da legenda.

“Nesse momento eu não quero falar de nomes para migrar para o partido, até porque o PL não existe ainda. O que existe são amigos que estão nos ajudando na criação do partido. Depois de ele criado, aí sim, o convite oficial vai ser feito”, pondera o vice-governador.

Na lista de parlamentares com quem Fávaro já conversou a respeito da nova sigla também está Leonardo Albuquerque (PDT). O pedetista considerou a possibilidade de sair de sua atual legenda recentemente, após divergências com o presidente estadual, Zeca Viana (PDT). Entre os partidos que o assediaram, disse estar o PL, mas ponderou ainda não ter avaliado a proposta.

Janela

A criação de uma nova sigla, todavia, não é o único fator que tem feito deputados avaliarem uma migração. O anúncio de que o projeto da reforma política discutida no Congresso Nacional vai permitir a abertura de uma janela partidária, para a troca sem o risco de perder o mandato também animou outros membros da Assembleia Legislativa.

Os primeiros a adiantarem que trocarão de sigla, assim que possível, foram Janaína Riva e Gilmar Fabris. Ambos filiados ao PSD, eles mantém o plano de filiação ao PMDB, o que deve tornar a legenda a mais forte do Parlamento, com uma bancada de cinco membros. Atualmente o PMDB conta com os deputados Romoaldo Júnior, Baiano Filho e Silvano Amaral.

Outro que avalia uma troca é o republicano Mauro Savi. Desde o início do ano, ele não esconde a insatisfação com o PR por não ter recebido apoio para sua candidatura à Mesa Diretora. Recentemente, chegou a afirmar ter se entendido com a direção da sigla, mas, com o anúncio da abertura da janela, avalia um convite feito pelo PSB.

Além destes, Pedro Satélite (PSD) e Wagner Ramos (PR) declararam interesse em trocar de partido. Enquanto o primeiro vem recebendo convites de diversas legendas, o segundo já teria antecipado que vai para a sigla que o governador Pedro Taques - que também avalia deixar o PDT - escolher.