Paulo Taques nega participação do governo em CPI do MPE e diz que Wilson Santos age como deputado

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+ Política
Segunda, 16 Novembro 2015 | OlharDireto
O secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, negou qualquer participação do governo estadual na articulação para instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a suspeita de fraude na emissão de R$ 10 milhões em cartas de crédito a membros do Ministério Público Estadual (MPE). Ele afirmou que o Poder Executivo não atua com ingerência sobre os trabalhos do Poder Legislativo.
“Eu não acredito que há setores do MPE que acreditam nisso [interferência do governo]. Porque setores do MPE significa muita gente. Mas se existe, é uma análise absolutamente equivocada. Em nenhum momento durante o ano este governo fez qualquer tipo de ingerência nos trabalhos da Assembleia, notadamente sobre CPIs. Não há nenhum pedido deste governo para fazer ou deixar de fazer algo em relação a CPIs. Não há porque acreditar que o governo tem nenhum tipo de participação nessa CPI, para nenhum lado, para nenhum tipo de encaminhamento”, afirmou Paulo Taques.
Um dos motivos que tem levado a especulações sobre o interesse do governo na CPI é a atuação do deputado estadual Wilson Santos (PSDB), que é líder do governo. Ele foi o autor dos questionamentos que levaram o ex-secretário Eder Moraes a falar sobre as cartas de crédito dos promotores e procuradores. A motivação para instalar a CPI surgiu durante o depoimento de Eder Moraes à CPI das Obras da Copa na última terça-feira (10).
“Temos que entender que o deputado Wilson Santos, antes de ser líder do governo, é um deputado. Então ele não é 100% líder do governo em sua atuação parlamentar. Quando ele fala em nome do governo são temas públicos. Esta atuação especifica diz respeito ao deputado Wilson Santos e não ao líder de governo. Eu vou repetir: o governo não tem nenhum tipo de participação nessa ou em outras CPIs”, garantiu o chefe de Casa Civil.
Além disso, Wilson Santos foi indicado como um dos membros da CPI pelo líder do bloco da maioria na Assembleia, Dilmar Dal’Bosco (DEM), que também deve ter assento na comissão. Além deles, Oscar Bezerra (PSB), Zé Domingos (PSD) e Leonardo Albuquerque (PDT) foram indicados como membros da CPI. Os nomes ainda podem ser alterados. A expectativa é que o requerimento de CPI seja lido em plenário na terça-feira (17), e ela seja instalada ainda esta semana.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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