Governador reúne secretários e alerta para agravamento da crise econômica

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Domingo, 28 Fevereiro 2016 | Gcom-MT
O governador Pedro Taques convocou os secretários de Estado para uma reunião no Palácio Paiaguás, na manhã deste sábado (27.02), em que fez uma avaliação de todos os meses de gestão e abriu espaço para que, por meio de um amplo debate, cada secretário tivesse oportunidade de falar sobre as dificuldades de suas pastas. Foram analisados o cenário macroeconômico da economia brasileira e os impactos que ele tem sobre o estado de Mato Grosso. Taques também oficializou a criação da Câmara de Gestão para a análise de todas as políticas públicas que o governo vem desempenhando e determinou que ela passe a atuar dentro das secretarias de Estado.

O secretário de Fazenda Paulo Brustolin afirmou que a crise nacional, que rebaixou o país no grau de confiança externa, tem repercussões gravíssimas sobre todos os cidadãos e, dessa forma, o Governo de Mato Grosso está preparando uma série de medidas para que possa enfrentar esse momento de dificuldades que o Brasil vive. “Mesmo fazendo todo o dever de casa nós não somos imunes. Vemos vários estados brasileiros com dificuldades, que tiveram vários problemas em 2015 e não queremos que isso aconteça aqui. Vamos tomar todas as medidas necessárias para que o Estado se mantenha no trilho e seja um exemplo para a nação brasileira”.

Mato Grosso recebeu 77% menos transferências de repasses do governo federal em 2015 em relação a 2014, o que torna a situação dramática, analisou Brustolin. A falta do repasse do Auxílio Financeiro para Fomento às Exportações (FEX) por parte do governo Federal, que seria de aproximadamente R$ 1 bilhão, que foi cobrado de forma incisiva pelo governador Pedro Taques e seus gestores, teria consequências bem mais drásticas se não fosse a criação do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira), que ajudou a equilibrar as contas no estado, com a recuperação de R$ 500 milhões de ativos. Esse montante foi investido em áreas prioritárias, como saúde, educação e segurança e também para manter os salários em dia.  

Câmara de Gestão

Com a oficialização da Câmara de Gestão, criada por meio de decreto, os gestores das secretarias de Fazenda, Planejamento e Gestão estarão, a partir da próxima semana, visitando as outras secretarias, levantando os problemas e as dificuldades para que se possa cumprir todas as estratégias que Taques definiu em seu plano de governo. “É uma forma de agilizar, fazer com que as estratégias que temos no estado de Mato Grosso, na prática, cheguem na ponta. Nós vamos trabalhar para que se tenha mais velocidade nas políticas públicas que o governador Pedro Taques e o vice-governador Carlos Fávaro sonham e pretendem implementar no estado de Mato Grosso”.
O secretario de Gestão Júlio Modesto destacou que a Câmara de Gestão irá avaliar as estruturas sistêmicas e, por meio das visitas nas secretarias, analisar como estão propostas as estruturas de cargos, dando apoio nos processos e qualificação continuada por meio da Escola de Governo. “Com esse diagnóstico nós poderemos prover os servidores com cursos específicos para buscar qualificação e realocar servidores nas posições adequadas. Precisamos buscar essa realocação de pessoas, colocando os talentos e a articulação que temos a favor do estado e das políticas públicas”.

O Plano de Acordo e Resultados, assinado por todos os secretários de Estado em 2015 e que se mostrou um importante instrumento adotado na gestão Taques, com a Secretaria de Planejamento monitorando de maneira precisa e aprofundada os compromissos assumidos com o governador, será também objeto de análise da Câmara de Gestão, destacou o secretário de Planejamento Marco Marrafon. “A primeira fase foi de atividades meio, organizar a máquina. A segunda, de entrega, como por exemplo as viaturas. Agora estaremos entrando em uma nova etapa, de resultados”, explicou o secretário.

“A Câmara de Gestão vai reforçar esses resultados, por meio de uma visita em todas as secretarias, avaliando o resultado final de 2015 e preparando um novo acordo para 2016, para que, dentro de uma lógica de prioridade orçamentária, possa priorizar investimentos”, finalizou Marrafon.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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