Taques crê que Caravana da Integração ao Chile e Peru vai mudar história da logística de MT
Quando a comitiva de Mato Grosso retornar a Cuiabá, na próxima quarta-feira, dia 27 de abril, a história da logística para os produtos do Brasil Central terá dado um salto de décadas. E a projeção do governador José Pedro Taques (PSDB) é factível, porque toma como base a perspectiva em poucos anos os produtos de Mato Grosso e, num futuro próximo, também de Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Rondônia, entre outros, serem exportados diretamente pelos portos que a América do sul possui no Oceano Pacífico.
“A nossa missão é buscar a melhoria da logística de transporte de Mato Grosso e oportunizar o acesso às plataformas logísticas da bacia do Pacífico”, explicou Taques, em sua postagem no Facebook, pouco antes da primeira parada, em Cáceres. Os portos de Iquique (Chile) e Arequipa (Peru) são vistos principais alternativas para escoamento da produção, principalmente para a Ásia, saindo do Oceano Pacífico – sem a necessidade de chegar aos portos brasileiros de Santos (SP) e Paranaguá (PR), no Oceano Atlântico, por exemplo.
“Começa agora, dia 22 de abril, em Cuiabá, a Caravana da Integração. Iniciativa do Estado prontamente aderida pelos governos de Bolívia e Chile, numa estratégia de internacionalização de Mato Grosso com foco na integração econômica e cultural com os países vizinhos”, justificou o chefe do Poder Executivo, que lidera a comitiva.
Pedro Taques fez avalia que as principais estratégias da infraestrutura para redução de custo da logística em transporte, para o comércio exterior, passa pelos portos do Chile e Peru. “É essencial para o desenvolvimento integrado sul-americano. Traçamos estratégias sobre o licenciamento para pavimentar os 315 quilômetros entre San Matías e San Ignácio, que é essencial para chegarmos ao Pacifico e encurtar o tempo e custos de escoamento dos nossos produtos exportáveis”, ponderou ele.
As discussões sobre infraestrutura enfatizam para novas rotas terrestres e oceânicas, que liguem Mato Grosso à Bolívia e, posteriormente, até o Pacífico. “Discutimos a possibilidade de uma ferrovia bioceânica. Um passo importante neste sentido foi decidirmos que o melhor será partir do Peru”, justificou o secretário Marcelo Duarte, de Estado de Infraestrutura, um dos guias da Caravana da Integração.
Idealizada por Pedro Taques, a Caravana da Integração sai de Cuiabá na manhã desta sexta-feira (22.04) e segue até o dia 27 de abril, chegando ao Peru. A Caravana da Integração passará por Bolívia, Chile e Peru em busca de novas saídas para a produção da agricultura de Mato Grosso. A caravana também tem como foco discutir problemas comuns enfrentados pela região e promover o comércio e o turismo entre estes países.
