Prejuízos e riscos fazem vereadores deixar a vida política
Pelo menos três vereadores por Cuiabá declinaram de uma nova disputa à Câmara Municipal nestas eleições. São políticos jovens que decidiram optar por novos projetos ou retomar as carreiras profissionais na iniciativa pública ou privada.
O presidente do Legislativo, Haroldo Kuzai (SD), é um dos que desistiram de tentar um segundo mandato. Empresário bem sucedido na capital, ele optou por dar um basta na vida política partidária, neste momento, com apenas um mandato, e retornar à atividade na iniciativa privada.
Também novato na Câmara, Faissal Calil (PSB), que parecia ser uma promessa na política, anunciou que encerra a participação neste único mandato. Argumentou que precisa voltar para o trabalho anterior, servidor do Judiciário mato-grossense.
O terceiro que não quer concorrer este ano é o veterano Domingos Sávio (PSD). No quarto mandato, ele tem empurrado a decisão para o último prazo. Diz que vai esperar o posicionamento do prefeito Mauro Mendes (PSB) e ainda terá uma conversar com o líder maior do seu partido no Estado, vice-governador Carlos Fávaro.
Para o professor e analista político, João Edisom de Souza, a posição destes parlamentares que não querem tentar um novo mandato combina com o grupo econômico do qual eles fazem parte. “Pois a política dá prejuízos e riscos”, explica.
RENOVAÇÃO
O professor acredita que a Câmara manterá pouco mais de 50% desta composição, contando com os três fora do páreo e se comparando com a formação do início do mandato, a renovação não deverá registrar alto índice. Vale ressaltar que dois vereadores, eleitos em 2012, morreram.
Ele atribui a renovação à legislação eleitoral. Conforme João Edisom, da forma como foi preparada favorece quem está no poder. “Encurtou a campanha, não há tempo para o candidato aparecer muito, então, é favorável para quem já está no poder”.