Prefeito de SP processa Taques e mais três governadores por supostas doações a Doria

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Sábado, 08 Outubro 2016 | OlharDireto
O prefeito de São Paulo (SP), Fernando Haddad (PT), que tentou a reeleição e foi derrotado no primeiro turno, entrou com impugnação contra a chapa do vencedor, João Dória (PSDB), por abuso de poder político e econômico. A impugnação foi feita no dia 1º, um dia antes da eleição, e não foi julgada a tempo do pleito.  

Também são alvo da ação governadores tucanos de quatro estados: Pedro Taques (MT), Geraldo Alckmin (SP), Beto Richa (PR) e Marconi Perillo (GO), acusados de supostamente doar dinheiro público para a campanha de Doria por meio de contratos com as empresas dele. Segundo levantamento publicado pelo jornal Folha de S. Paulo e pelo UOL no portal da transparência dos quatro estados, foram repassados R$ 10,1 milhões às empresas de Doria entre 2010 e 2016.
O jornal publicou que o governo de Mato Grosso pagou R$ 498 mil à Doria Eventos Internacionais em 7 de março deste ano, quando ele disputava as prévias para ser o candidato do PSDB a prefeito da capital paulista. A prestação de contas diz que o pagamento foi para a compra de uma cota no evento Lide Business Meeting, em Nova York (EUA), "no dia 19 de maio de 2016 [...], momento em que serão reunidas as principais lideranças empresariais e representante de fundos de investimentos, instituições financeiras".

A assessoria de imprensa de Pedro Taques respondeu à Folha que o repasse foi legal e que a contratação faz parte de uma estratégia para buscar investimentos internacionais. "A participação no evento em 2015 rendeu ao Estado a garantia de R$ 1 bilhão em investimentos estrangeiros. Sendo assim, a relação é institucional, e não partidária", afirma.

"É importante frisar que o governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), participa do Lide Business Meeting desde 2015, quando o governador Pedro Taques não fazia parte do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Taques se filiou ao PSDB no dia 29 de agosto de 2015", diz a assessoria do governo.

Afirma ainda que "as tratativas para a contratação se iniciaram em dezembro de 2015, sendo que a autorização para contratação se deu em 6 de janeiro de 2016, momento em que ainda não havia qualquer definição sobre candidaturas em São Paulo do partido citado".

À Folha, o advogado de Doria, Nelson Wilians, disse que o contrato com o governo de Mato Grosso começou a ser negociado muito antes do lançamento da candidatura do empresário à prefeitura. "O evento do qual o governo do Mato Grosso participou em Nova York, em maio de 2016, fez parte da agenda que constavam outras atividades, como encontro de investidores e visita a frigoríficos", afirmou.

Confira a reportagem completa sobre os contratos tucanos no portal UOL e a matéria sobre a impugnação na Folha.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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