Mesmo após derrota de Wilson, Dilmar Dal’Bosco deve continuar como líder do governo
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Segunda, 07 Novembro 2016
| OlharDireto
O deputado estadual Dilmar Dal’Bosco (DEM) deve continuar como líder do governo na Assembleia Legislativa, mesmo após a derrota do seu antecessor, Wilson Santos (PSDB), na disputa pela Prefeitura de Cuiabá. Na função desde o final de agosto, o parlamentar do DEM assumiu quando o tucano decidiu se concentrar na campanha ao Palácio Alencastro.
“Estive com Wilson há dois dias. Ele disse que iria viajar uns dias e depois conversaríamos. Nós estamos muito contentes com a liderança do deputado Dilmar, que vem fazendo um trabalho muito sério. Defendemos a permanência do deputado Dilmar”, afirmou o governador Pedro Taques (PSDB) na quinta-feira (3).
Esta semana, após Wilson perder a corrida pela Prefeitura, no segundo turno das eleições, surgiram rumores de que ele poderia voltar a ser líder, função que exerceu desde o início do governo Taques. Bem avaliado na função, o tucano conseguiu vitórias importantes para o governo, mesmo em meio a polêmicas, como a aprovação da primeira reforma administrativa e do programa Bom Pagador.
Por outro lado, a defesa intransigente do governo na tribuna trouxe desgastes, em especial durante a greve geral dos servidores estadual, em junho deste ano, e a votação da Revisão Geral Anual (RGA) 2016.
Além disso, na campanha eleitoral, Wilson enfrentou o colega de parlamento Emanuel Pinheiro (PMDB), que acabou vencedor. Os ânimos foram se acirrando ao longo da disputa, e tiveram o ápice quando o tucano denunciou a cunhada do concorrente, Bárbara Pinheiro, e o irmão de Emanuel, Marco Polo, conhecido como “Popó”.
A denúncia veio acompanhada da gravação de uma conversa entre Wilson e o casal, no apartamento do tucano. Segundo Wilson, a gravação foi feita pelo seu irmão, Elias Santos. Alguns parlamentares avaliam que essa postura durante a campanha poderia afetar a relação dele com os colegas na Assembleia.
“Se continuar como líder do governo, tende a fazer o clima na Assembleia ficar muito mais tenso do que já é hoje. Se o governo quiser ali dentro ter uma liderança pacífica e diálogo com os deputados, como tem hoje o deputado Dilmar, não é o cargo indicado para Wilson Santos Uma pessoa que grava, como ele gravou outras pessoas, dentro da Assembleia obviamente que não vai ser visto mais com os mesmos olhos que era visto antes”, avaliou Janaina Riva (PMDB).