O deputado federal e presidente regional do PP, Ezequiel Fonseca, disse que o governador Pedro Taques (PSDB) está tomando decisões tardias quanto à escolha de seu staff.
“Acho que o governador começa a tomar as decisões que deveria ter tomado dois anos atrás”, disse.
De acordo com o deputado, as mudanças que estão sendo feitas no comando de algumas secretarias do Estado são reflexo de uma escolha que “não funcionou”, em razão de Taques ter nomeado secretários com um perfil puramente técnico.
“Só técnico não funciona. É preciso ter dentro da administração o técnico e o político, aquele que sabe fazer e aquele que sabe ouvir. E nós estamos vendo que o Governo ficou amarrado. Agora, com mais políticos no meio, esperamos que o Governo possa começar a andar”, avaliou, citando a nomeação do deputado estadual Wilson Santos para comandar a Secretaria de Estado de Cidades.
“Ninguém faz nada sozinho, principalmente nós que somos políticos. O governador Pedro Taques precisa botar isso na cabeça e parece que ele já colocou agora. Ele nos chamou para conversar e nós queremos contribuir”, completou.
Segundo Fonseca, no início da gestão de Taques o PP, por fazer parte da coligação, “autorizou” que o perfil dos secretários fosse técnico, na condição do Governo avaliar os primeiros 100 dias de atuação dos gestores.
No entanto, segundo ele, essa avaliação nunca aconteceu.
“O PP está muito preocupado com o governo Pedro Taques. Quando houve a escolha dos secretários técnicos, nós autorizamos, mas pedimos uma avaliação dos 100 dias. Hoje já faz quase 700 dias e não foi feita uma avaliação”, declarou.
Reforma administrativa
Na última quinta-feira (10), o Governo confirmou a escolha de Wilson para comandar a Secretaria de Estado de Cidades. O deputado vai substituir Eduardo Chiletto, exonerado no dia anterior.
Outras mudanças estão previstas para os próximos dias. O secretário Valdiney de Arruda, da Secretaria de Trabalho e Assistência Social (Setas), também pode ser substituído na Reforma Administrativa que está sendo finalizada pelo Executivo.
Luiza Trovo deve deixar a Ciência e Tecnologia (Secitec), e Márcio Dorileo, a Secretaria de Justiça e Direito Humanos (Sejudh).