Estadão aponta "resistência" do MPE em aceitar delação de ex-governador
Uma nota publicada pelo jornal paulista "O Estado de São Paulo" nesta terça-feira (11), afirma que o ex-governador Silval Barbosa (PMDB), preso desde setembro de 2015 em decorrência da operação “Sodoma”, estaria enfrentando “resistências” no Ministério Público Estadual (MPE-MT) num suposto acordo de delação premiada.
Segundo a nota, Silval Barbosa estaria disposto a delatar “gente graúda que apoiava seu governo e agora está com o tucano Pedro Taques”. Taques, do PSDB, é o atual governador de Mato Grosso.
Os boatos de uma possível delação premiada do ex-governador - que poderia beneficiá-lo com a redução de uma eventual pena caso fosse condenado nos esquemas investigados pela operação “Sodoma” – se intensificaram no final de março. Fontes afirmaram que o ex-gestor, preso desde setembro de 2015, estaria prestes a colaborar com a Justiça apontado outros membros da suposta organização criminosa.
A informação dava conta de um acordo que estaria sendo negociado com o MPE-MT em troca da devolução de R$ 250 milhões por parte do ex-governador, que segundo a fonte, aceitaria devolver “apenas” R$ 70 milhões.
No último dia 23 de março, o jornal carioca O Globo publicou informação sobre a delação de Silval. Em coluna assinada pelo jornalista Lauro Jardim, o diário do Rio de Janeiro afirmou que o ex-governador estaria, de fato, avaliando colaborar com a Justiça e, além de “entregar” os outros supostos membros da organização criminosa, também teria se comprometido a devolver R$ 70 milhões de propina que teria embolsado.
O site "Migalhas.com", um conhecido portal de notícias jurídicas e que possui projeção nacional, publicou uma nota no último dia 30 de março afirmando que o ex-governador estaria em “avançado processo de delação”. Diz a informação do site, cujo título é "Que Loucura", que os depoimentos do ex-chefe do poder Executivo, que ficou à frente da administração do Estado entre os anos de 2010 e 2014, envolveriam “meio mundo de gente, inclusive os que com ele eram solidários”.
O fato, segundo a publicação do Migalhas, explicaria “certos agastamentos superiores com o parquet, os quais recentemente ocorreram”.
Os advogados do ex-gestor de Mato Grosso negam que ele esteja tentando firmar um acordo de colaboração premiada com o MPE-MT. A defesa afirma que prioriza as medidas de garantir ao ex-governador que responda ao processo em liberdade, bem como responder as acusações dentro do processo.
