O prefeito de Acorizal, Clodoaldo Monteiro da Silval, o Clodo (PSDB), escapou da cassação na sessão realizada na manhã desta segunda (22). Cinco vereadores foram favoráveis os Legislativo acatar as denúncias de improbidade administrativa e crime de responsabilidade contra o tucano e quatro se posicionaram contrários.
Os cinco votos foram insuficientes para cassar o mandato de Clodo. Isso porque o Regimento Interno determina que são necessários dois terços para a cassação do prefeito.
O parecer da comissão processante, presidida pelo vereador Diego Taques (PSD), recomendou a cassação de Clodo. Em outubro, o tucano chegou a ser afastado por 90 dias e foi substituído pelo vice Benedito Figueiredo (PSD), mas conseguiu retornar ao cargo após 10 dias por decisão judicial.
Clodo foi acusado de omissão de informações à Câmara, atraso de repasses constitucionais, infrações políticas e administrativas, nomeação irregular de secretário cedido pelo Estado ao custo de R$ 9 mil mensais, não envio dos balancetes, desconto e não pagamento das contribuições previdenciárias, além de outras irregularidades. As denúncias foram feitas pelo advogado Izair de Arruda Botelho.
Além de Diego Taques, votaram pela cassação o presidente da Câmara Wellington Gusmão (PSDB), Luiz Carlos da Silva (PSB), Ademir Roberto da Silva, o Sageia (PSB) e Rafael Piovesan (PP), que é presidente da União das Câmaras Municipais de Mato Grosso (Ucmaat). Os contrários foram Cleonice Figueiredo, Nice (PSDB), Benancy Lenis da Silva, o Bena (PDT), Judney Corrêa de Moraes, a Diney (PSB) e Lenine da Cruz Zark (PSDB).
Para o presidente Wellington Gusmão, a Câmara de Acorizal cumpriu seu papel constitucional. Segundo ele, o processo legal foi respeitado e o prefeito Clodo tem o direito à ampla defesa assegurado. “Em minha opinião, todas as denúncias foram devidamente comprovadas. Infelizmente, dois terços dos vereadores não entenderam dessa forma. Agora, vou cumprir o que determina a lei e arquivar o processo contra o prefeito”, disse em entrevista ao RDNEWS.