Selma se lança ao Senado pelo partido de Galli e Bolsonaro e revela impotência como juíza

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Quinta, 05 Abril 2018 | OlharDireto
A juíza aposentada Selma Arruda confirmou em entrevista coletiva concedida à imprensa na tarde desta quinta-feira (5) que irá disputar o Senado Federal em outubro e o partido escolhido para a filiação é o PSL, como já era cogitado. Nacionalmente, o partido é liderado pelo deputado federal e pré-candidato a presidente da República Jair Bolsonaro. Em MT, até a entrada de Selma, a maior liderança da agremiação era o deputado federal Victório Galli.
A magistrada aposentada não escondeu a emoção durante sua primeira entrevista como política e revelou certa “impotência” que sentia enquanto magistrada. Ela deverá focar seu discurso no combate à criminalidade e à corrupção. À frente da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, Selma mandou para a cadeia figuras políticas como José Geraldo Riva e Silval Barbosa.
A nova filiada ao PSL negou que seu projeto de entrar para a política seja antigo. Ela inclusive disse que em um passado recente “comitês da maldade” tentavam torná-la suspeita de ações importantes fazendo circular a informação de que ela teria preensões eleitorais.
“Eu não tinha essa coisa dentro de mim e eu só tive a certeza quando eu proferi uma sentença da operação Sodoma 1 e a sentença teve quatrocentas e setenta e poucas laudas, era um livro, e nessa sentença eu percebi que eu não trouxe resultado prático nenhum. Eu não consegui aplicar a Justiça do jeito que eu achava que deveria ser feito”, afirmou.
Sobre sua escolha pela sigla, Selma explicou ter se identificado com a ideologia do partido, que prega o conservadorismo, o liberalismo econômico com um estado mais enxuto e consequentemente com menos corrupção. 
"Vejo que o PSL é um partido que prega o liberalismo econômico, que sempre achei que coaduna com o combate a corrupção por que quando você pensa em liberalismo econômico, pensa em um Estado enxuto e as necessidades básicas geridas pela sociedade e não pelo estado. Isso no meu ponto de vista diminui a possibilidade de corrupção. Quanto maior o estado é mais bagunçado e mais corrupto", avaliou.
Questionada sobre as ideias do pré-candidato a presidência, Jair Bolsonaro, Selma respondeu ter se filiado a sigla e não ao deputado federal, com qual pode ter algumas divergências.
"O Jair Bolsonaro, assim como todos nós é uma pessoa com qualidades e seus defeitos. Eu nunca quis partidos de anjos. Ele já se posicionou contrariamente algumas coisas que eu penso. Eu não me filiei ao Jair Bolsonaro e sim ao PSL. As minhas idéias são minhas, a minha postura é minha e o que eu pensar, estou no estado democrático de direito. O que eu pensar vou sustentar minhas idéias. Se não for as mesmas do presidente da República paciência. Não existe lugar onde todos pensam igual", avaliou.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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