Secretário afirma que Metropolitano e Santa Casa já colapsaram e prevê 70% de ocupação em UTIs

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Terça, 09 Junho 2020 | HiperNoticias
O agravamento do quadro clínico de pacientes infectados pela Covid-19, o coronavírus, já provocou o colapso no número de leitos disponíveis tanto no Hospital Metropolitano de Várzea Grande quanto no Hospital Estadual Santa Casa. A informação foi confirmada pelo secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, na manhã desta terça-feira (09). O gestor apontou ainda que a taxa de ocupação dos leitos no estado pode chegar aos 70% já na próxima atualização diária do boletim epidemiológico.
Durante transmissão ao vivo nos canais oficiais do governo, Figueiredo disse que a situação atual do curso da doença no estado não é positiva. Segundo o secretário, as projeções não são boas, os números estão em ascendência e Mato Grosso ainda não está próximo do pico da doença – que segundo pesquisa realizada pela Universidade Federal de Mato Grosso pode acontecer em setembro, ocasião em que já se terão registrados mais de 300 mil casos de contágio.
“Nós já colapsamos no Hospital Estadual Santa Casa, já colapsamos nos leitos de UTI lá no Hospital Metropolitano de ontem do meio-dia para cá. Só ontem à tarde foram demandadas dez internações em uma pancada só. E vindo pacientes de todos os pontos do interior do estado. Os leitos existentes e habilitados precisam ser disponibilizados à rede porque senão não vai haver nenhuma regulação que vai funcionar”, disse o secretário.
O gestor também apontou que todo o esforço da criação de leitos até então tem sido exaurido em poucas semanas com o acelerado espalhamento da pandemia no estado, principalmente após sucessivas flexibilizações adotadas por diversos municípios.
Conforme dados do último boletim epidemiológico da secretaria de Estado de Saúde (SES), emitido na noite de segunda-feira (08), foram contabilizados mais de 4,2 mil casos de contágio pela doença, dos quais 126 evoluíram para óbitos dos pacientes. Além disso, a taxa de ocupação dos leitos de UTIs disponíveis para pacientes com a doença já é de 47,4%, índice que se aproxima cada vez mais dos 60% estipulados pelo governador Mauro Mendes (DEM) como limite para que os municípios adotem medidas mais efetivas no combate ao vírus. Diante da situação, Figueiredo classificou a ascendência da pandemia como “brutal” e disse que os números atuais devem ser ainda mais preocupantes.
“Não está sob controle [a situação], vai crescer de forma brutal, vai crescer a demanda pelos hospitais. Hoje, neste momento, muito provavelmente, a taxa de ocupação não seja mais essa divulgada no boletim de ontem. Na hora que atualizarmos o sistema da ocupação de leitos nos hospitais muito provavelmente esse índice já vai chegar a 70%. Porque o crescimento nas últimas horas é muito grande. A tendência é de crescimento no número de casos e a situação deve se agravar”, acrescentou o secretário.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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