MT recebe do governo federal a primeira parcela do auxílio emergencial para o combate à pandemia
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Terça, 09 Junho 2020
| G1 MT
Mato Grosso recebeu R$ 346 milhões do governo federal, nesta terça-feira (9), referente à primeira parcela do auxílio emergencial para ser usado no combate à pandemia da Covid-19. Até setembro, segundo a Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz), o estado deve receber R$ 1,3 bilhão.
As próximas três parcelas estão agendadas para pagamento nos dias 13 de julho , 12 de agosto e 11 de setembro, respectivamente.
A Medida Provisória que autoriza o repasse foi publicada na quinta-feira (4) em edição extra do Diário Oficial da União e abre crédito extraordinário de R$ 60 bilhões em favor de municípios, estados e Distrito Federal.
De acordo com a Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), os municípios de Mato Grosso vão receber o total de R$ 961,2 milhões, em quatro parcelas, dos quais R$ 911,5 milhões poderão ser aplicados de forma livre pelos gestores e R$ 49,7 milhões deverão ser investimentos exclusivamente em saúde e assistência social.
O auxílio visa a recomposição das quedas que os municípios tiveram com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto sobre Serviços (ISS) devido à redução da atividade econômica.
O presidente da associação, Neurilan Fraga, disse que, conforme levantamentos realizados pela instituição, os recursos serão insuficientes para compensar todas as perdas.
Redução na receita
Estimativa da AMM aponta que a redução na atividade econômica devido à pandemia poderá gerar uma redução de receita de R$ 1,3 bilhão para os municípios de Mato Grosso neste ano.
Essas perdas se referem à queda do ICMS e ISS, que possuem grande peso na composição das receitas municipais e estão sendo impactados devido à retração na produção e prestação de serviços.
A projeção, segundo a Associação dos Municípios, é que, mesmo com o repasse do auxílio emergencial de R$ 961 milhões, ainda haverá um déficit de mais de R$ 300 milhões que poderá prejudicar o funcionamento das administrações, afetando a autonomia financeira e a capacidade de investimento dos municípios.