O espaço onde está detido o reeducando é chamado de shelter e foi construído para abrigar cerca de 280 homens, porém atualmente reúne mais de 500. Todos ficam sob escolta armada de policiais penais e as trancas são feitas no teto, dificultando qualquer tipo de fuga. 

A informação de que um preso já está infectado com a doença é do deputado João Batista (Pros), que é policial penal de carreira e oriundo do sindicato de agentes penitenciários. 

Segundo ele, funcionários que trabalham na maior unidade do estado já fizeram um documento pedindo que testes rápidos fossem feitos em todos os detentos da unidade para que os que apresentassem resultados positivos fossem colocados em celas diferentes. 

Outra medida que será discutida entre o secretário de Segurança Pública e o deputado é a liberação de exames para agentes que trabalham no sistema penitenciário. Não apenas para policiais penais, mas sim para todos os funcionários. Vários têm contato direto com presos e não sabem se estão infectados. 

A Secretaria de Segurança Pública, responsável pelo sistema carcerário de Mato Grosso, confirmou que existe sim um preso que está com a Covid-19, porém ele já foi isolado dos demais e está assintomático. Sobre pedido de testes, o estado ainda não se pronunciou. 

Já em Alta Floresta, a pedido da Defensoria Pública de Mato Grosso o desembargador da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJ), Pedro Sakamoto, determinou que a prefeitura disponibilize, em 48h, espaço físico para abrigar presos da cadeia pública do município que testarem positivo para a Covid-19.

Até a quinta-feira (4), 54 dos 170 presos haviam sido diagnosticados com o coronavírus. Desses, três apresentaram sintomas e foram para o hospital.