"Não sou bandido ou criminosa e vamos combater com honestidade todas inverdades", disse o vereador de Jangada (80 km ao Norte de Cuiabá), Rogério Meira (PDT), após seu pai e seu tio serem presos em uma operação que desarticula um grupo responsável por roubos e furtos de gado na região. Para ele, a ação é uma perseguição de quem tem 'fome de poder'. Além de vereador, Meira já é pré-candidato a prefeito de Jangada.
Operação Mahyas, deflagrada na quinta-feira (20), é um desdobramento da Operação Boi Gordo, de 2010. Dessa vez, os irmãos Paulo Vivela Meira e Edson Joel de Almeid Meira, tio e pai de Rogério Meira, foram presos e apontados como lideres da quadrilha. Eles também foram alvo da Boi Gordo.
"Toda vez perto da política vem uma coisa. Cara, povo mexendo em processo de 2018, 2019, que já teve prisão, teve pessoas soltas e logo agora vem de novo. Processo antigo tá de sacanagem, faz a gente passar um constrangimento desse tamanho, foto da gente espalhada por todos os lados", disse.
Rogério chegou a ser encaminhado à delegacia e ele mesmo confirmou o fato na postagem. "Daí chego na delegacia, 11h sou liberado. Para que toda essa perseguição, toda vez essa coisa, é tanta fome de poder". Além disso, o vereador afirmou que toda a ação é um circo.
"Não fui preso e muito menos envolvido com quaisquer crimes. Querem calar minha voz e vencer uma guerra com inverdades, calúnia e injúria", continuou o vereador em desabafo. "Querem calar a minha voz, e sufocar meus sonhos".
Operação
Além de Paulo e Edson, um policial militar também foi preso durante o cumprimento dos 24 mandados de prisão preventiva. Delegacia de Roubos e Furtos (Derf) afirmou que a organização criminosa rouba e furta gados e revende os animais para açougues e abatedouros clandestinos.
Consta que as investigações iniciaram há um ano nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Nossa Senhora do Livramento, Acorizal, Jangada, Barra do Bugres e Nova Mutum. Nesse período, o grupo agia com violência, rendia moradores e funcionários de fazenda para roubar os animais.
Em alguns casos, funcionários foram feitos reféns por dois dias, sendo obrigados a cozinhar para o grupo criminoso, que também roubava tratores e outros equipamentos agrícolas.