Meraldo deixa na AL projeto que proíbe Marcha para Satanás em MT
O suplente Meraldo Sá (PSD), que substituiu o deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) durante 90 dias no primeiro semestre deste ano, deixou em tramitação o projeto de lei 34/16 que proíbe eventos e divulgações anticristo do gênero Marcha para Satanás em Mato Grosso.
O projeto de lei 34/16 determina que a autoridade policial deve apreender todo material relacionado com propaganda anticristo. Já os órgãos fiscalizadores ficam proibidos de expedir alvarás ou licenciamentos para realização de eventos desta natureza.
Na justificativa, Meraldo Sá afirma que eventos anticristo como a Marcha para Satanás são agressivos à família e sociedade mato-grossenses. Além disso, reconhece que Mato Grosso pertence a um país laico, mas de maioria cristã. “Permitir eventos anticristãos como esse é negar nossa origem Divina. Existem maneiras diferentes de cultuar a fé no Brasil, seja Católica, Evangélica, Umbandista, Candomblé, dentre outras, porém todas baseiam-se em algo que realmente existe, Deus e Jesus Cristo”, diz trecho do documento.
Meraldo Sá também justifica que a "permissão para eventos anticristo representa a negação da vitória de Jesus Cristo sobre Satanás". “E isso já se passa dos dois mil e dezesseis anos”, concluiu.
Para apresentar o projeto de lei 34/16, Meraldo se baseou na Marcha para Satanás, convocada pelas redes sociais, que aconteceu em 17 de janeiro. O evento, que visava combater justamente a influência da religião na política, reuniu apenas seis curiosos na Praça das Bandeiras e foi considerado um fracasso.