Segundo o Inesc, com bens avaliados em mais de R$ 51 milhões, Castelo tem um patrimônio equivalente a 36,9% das riquezas produzidas pelo município. No total, o petebista possui R$ 51.780.992,06 em bens. Entre os maiores pertences do prefeito está 5.923 cabeças de gado fêmea avaliadas em R$ 10 milhões. Outro posse que se destaca pelo valor elevado na declaração de contas é uma Fazenda denominada “Bang Bang” de 13.392,2 hectares, avaliada em cerca de R$ 9 milhões. Os dados foram apresentados na declaração de bens do candidato à Justiça Eleitoral pouco antes das eleições.

Conforme a pesquisa, os prefeitos mais afortunados foram eleitos principalmente em cidades do nordeste e Centro-Oeste do país. De acordo com o Inesc, em 32 municípios os prefeitos eleitos declararam um patrimônio equivalente ou maior do que 10% do PIB municipal, como é o caso de São José do Xingu. O PIB do município é R$ 140 milhões. De acordo com o último senso do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), São José do Xingu possui apenas 5.396 habitantes.

A relação entre a fortuna elevada dos candidatos vencedores das eleições municipais deste ano e a soma de todas as riquezas produzidas pelo mesmo município (PIB) difere do ranking de patrimônios individuais de cada prefeito. Quanto menor o patrimônio da cidade e maior o do candidato vencedor, maior será a porcentagem do PIB a que corresponde à fortuna do prefeito.

Prefeitos mais ricos

Mato Grosso é também o dono da maior média de patrimônio entre os prefeitos eleitos nos 141 municípios. São R$ 2,8 milhões de média, seguido de Mato Grosso do Sul (R$ 1,7 milhões). O estado com menor média é o Amapá, com R$ 364 mil de patrimônio médio.

No caso de Luiz Carlos Castelo, por exemplo, a diferença é grande quando o valor dos seus bens é comparado ao do prefeito com maior patrimônio individual do país. O novo prefeito de São Carlos (SP), Airton Garcia, tem renda declarada ao TSE de mais de R$ 439,6 milhões.