MPE aponta Riva como líder e maior beneficiário de desvios de R$ 9,5 milhões

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Sexta, 25 Novembro 2016 | FolhaMax
Líder do “bando criminoso” e “maior beneficiário” dos recursos desviados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT). O Ministério Público Estadual (MPE) aponta assim o ex-deputado e Presidente da Casa, José Geraldo Riva, na denúncia oferecida à Justiça relativa a “Operação Ventríloquo”.
A operação, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), apontou um esquema que desviou cerca de R$ 9,5 milhões dos cofres do Legislativo. Segundo o MPE, a fraude envolveu também os deputados Mauro Savi, Gilmar Fabris e Romoaldo Júnior.
A denúncia aponta que Riva, “mesmo afastado da Presidência da Casa por conta de uma decisão judicial, era o “presidente de fato", motivo pejo qual, inclusive, jamais deixou de despachar no Gabinete da Presidência”. 
“As investigações revelaram às escâncaras que José Geraldo Riva foi o maior beneficiário dos recursos desviados e líder do bando criminoso”, diz um trecho da denúncia.
Em uma reunião realizada na Casa de Leis, em janeiro de 2014, Riva na companhia do à época secretário-geral Luiz Marcio Bastos Pommot, demonstrando ter total domínio do fato, atestou que a Assembleia pagaria a Joaquim Fabio Mielli Camargo a totalidade da dívida com o HSBC, que originou o esquema, com acréscimos, conforme cálculo apresentado por este último, porém, metade do valor teria que ser encaminhada para contas bancárias por ele indicadas, posteriormente baixando o percentual para 45 % do valor.
“Tudo acertado, foi autorizado o pagamento pelos à época Presidente e Secretário da ALMT, Deputados Romoaldo Aloisio Boraczynski Junior e Mauro Luiz Savi, denunciados, respectivamente, sendo que o valor foi efetivamente depositado pela ALMT em três oportunidades distintas (nos meses de fevereiro, março e abril de 2014) na conta de Joaquim Fabio Mielli Camargo que, incontinenti, "devolveu" 45 % do valor (aproximadamente 4,5 milhões de reais) para atender os interesses criminosos de José Geraldo Riva e seus asseclas, "pulverizando" os valores em diversas contas de pessoas físicas e jurídicas, "lavando", assim, os capitais ilícitos”, diz outro trecho da denúncia oferecida pelo MPE.
Riva negou o recebimento de alguns valores que efetivamente o beneficiaram no esquema criminoso e negou ser o líder do grupo, mas confessou ter participado dos crimes, além de confirmar a participação ou destinação dos recursos aos deputados estaduais Mauro Savi, Gilmar Fabris e Romoaldo Júnior.
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por intermédio do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) e do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), ingressou na última terça-feira com a terceira denuncia relacionada as investigações da "Operação Ventríloquo"'. Desta vez, foram denunciados os deputados estaduais Romoaldo Aloisio Boraczynski Junior (PMDB), Mauro Luiz Savi (PR) e Gilmar Donizete Fabris (PSD).
Além deles outras 9 pessoas foram denunciadas. São empresários e servidores do Legislativo, como o caso do atual secretário Legislativo, Odenil Rodrigues de Almeida. 
Outros denunciados são Ana Paula Ferrari Aguiar, José Antonio Lopes, Claudinei Teixeira Diniz, Marcelo Henrique Cini, Cleber Antônio Cini, Valdir Daroit, Leila Clementina Sinigaglia Daroit,Odenil Rodrigues de Almeida , e Edilson Guermandi de Queiroz.
 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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