Nos últimos dias, 14 municípios de Mato Grosso comunicaram estado de emergência à Defesa Civil do estado devido à quantidade de chuvas registradas. Os municípios são Rio Branco, Vale de São Domingos, Chapada dos Guimarães, Confresa, Vila Rica, Santa Terezinha, Cláudia, Água Boa, Pontes e Lacerda, Porto Esperidião, Barra do Bugres, São José do Xingu, Jauru e Campo Novo do Parecis, que também já decretou situação de emergência.
A situação atual é de alerta para alagamentos em Mato Grosso, diz a Secretaria de Estado de Cidades. As chuvas que têm caído diariamente em praticamente todo o estado devem continuar pelo menos até o dia 21 de fevereiro, diz a Secid.
Entre os problemas enfrentados pelos municípios e comunicados à Defesa Civil, estão pontes, bueiros e estradas afetados pelas águas. Há atoleiros impedindo, por exemplo, o tráfego dos veículos escolares, ambulâncias e outros.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) e Agência Nacional das Águas (ANA), nos 12 primeiros dias de fevereiro foram registrados, em média, 150 milímetros de chuva. O volume é superior ao mesmo período do ano passado, segundo a Secid.
Conforme a Defesa Civil, é realizado o monitoramento diário da precipitação acumulada e o nível de água dos maiores rios que cortam o Estado, por meio da parceira com o Inmet a ANA. Ainda segundo a Defesa, as chuvas são originárias de uma área de alta pressão na Bolívia, que trouxe umidade para Mato Grosso e há também uma massa de ar quente e úmida sobre o estado vinda da região Norte do país.
Campo Novo do Parecis
A situação mais crítica é a de Campo Novo do Parecis, que fica a 397 km de Cuiabá. Em menos de 48 horas, choveu mais do que o previsto para o mês todo. O bairro Jardim das Palmeiras, que representa 10% do município, ficou totalmente alagado no fim de semana passado. Cerca de 3 mil pessoas em 750 casas foram afetadas pelas águas, disse a Secid.
O prefeito Rafael Machado (PSD) decretou situação de emergência. A estimativa da prefeitura é que mais de mil moradores tenham ficado desalojados. As chuvas destruíram ainda propriedades rurais e alagaram plantações.
Nesta quinta-feira (16), a Secid disse que começou a estudar a solução para o escoamento da água da chuva. A intenção é dar novo encaminhamento para a água, já que o curso natural foi interrompido pelas plantações de soja e milho. O projeto deve ficar pronto em 45 dias.
Os trabalhos no município devem continuar até sábado (18), quando os engenheiros voltam para Cuiabá para elaboração do projeto definitivo.