De acordo com a reportagem assinada pela jornalista Bela Megale, a informação e o vídeo constam na delação premiada de Silval, que foi homologada pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), no último dia 9 de agosto.

O repasse teria sido feito pelo ex-chefe de gabinete do governador, Sílvio César Corrêa Araújo nos anos de 2012 a 2014. 

Outra gravações também foram anexadas à delação, envolvendo deputados, ex-deputados, secretários e ex-secretários em Mato Grosso.

Outro nome envolvido é do presidente estadual do PP e deputado federal Ezequiel Fonseca.

A delação vai de encontro ao depoimento do ex-presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), José Riva, que teria dito que o esquema de "mesada" para os deputados estaduais apoiarem o governo, ocorre desde a gestão do ex-governador, e já falecido, Dante de Oliveira (PSDB).

José Riva vem tentando consolidar o seu acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR), mas, ainda sem sucesso. .

À Folha, o prefeito Emanuel Pinheiro negou ter recebido qualquer recurso ilícito durante os seus mandatos de deputado. "O prefeito Emanuel Pinheiro refuta toda e qualquer ilação que possa ter sido alegada com intenção de enredá-lo nas supostas práticas criminosas que teriam sido admitidas numa possível delação", diz trecho da neta encaminhada ao jornal.

O prefeito disse também que desconhece citação de seu nome em delações. Ele destacou que reitera sua absoluta confiança na Justiça e se colocou à disposição "para a elucidação dos fatos".

Ezequiel Fonseca também negou envolvimento no pagamento de "mesadas".