O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Eduardo Botelho (PSB), afirmou que Legislativo, assim como os demais poderes, não tem mais como colaborar com o Governo do Estado no que diz respeito a contribuições para equacionar a crise econômica e fiscal que Mato Grosso vive atualmente. Ele inclusive afirmou que demissões não estão descartadas na Casa de Leis
Taques afirmou que Mato Grosso vive um momento difícil e que irá precisar do apoio dos demais poderes do Estado. “Vivemos um momento difícil das contas. Isso não significa que o Estado seja só o Poder Executivo. Precisamos deste fundo de estabilização fiscal, com recursos que todos contribuirão para que nós possamos sair deste momento. Chamo os poderes, servidores, empresários, novamente, já que estamos fazendo isto desde o início de nossa administração, para que possamos superar 2018. Estamos pensando não nas próximas eleições, mas nas futuras gerações de Mato Grosso”, afirmou.
Botelho afirmou que ainda não tem conhecimento do que será este fundo, mas de antemão disse que não é possível colaborar mais com o Estado. Ele apontou ainda que o Governo deve R$ 500 milhões para a Assembleia Legislativa e demais poderes.
Ele também apontou que a missão do parlamento é achar uma saída e dialogar, nesta busca de soluções. “Ele mostrou a real situação do Estado. Eu discordo do que ele falou em relação aos Poderes. Esta contribuição já tem diminuído muito. Tínhamos uma participação de 17,5% e este ano com certeza, quando fecharmos a conta, ficaremos abaixo de 14%. Isso já está praticamente consolidado e nos próximos anos irá baixar ainda mais, uma que estamos contingenciados através da PEC e não temos mais excesso de arrecadação. Está estabilizada a questão. Ele vai explicar ainda em uma reunião para os deputados. Não temos mais o que contribuir. Temos meio bilhão na mão do Governo”, afirmou.
Botelho afirmou que foi pego de surpresa com o anúncio do governador e que discutirá a questão do contingenciamento. O presidente da AL-MT não descartou, inclusive, a possibilidade de demissões na Assembleia, por conta da diminuição dos repasses. “Foi uma surpresa. Não sabíamos disso. Eu, particularmente, não sabia. O governo havia dito que o mês de março seria pior por ser uma época em que a arrecadação não é tão grande e tem que pagar parte da dívida do Bank of America. Vamos ver até que ponto vai chegar. Vamos tentando não fazer demissões, mas se a coisa apertar mais, é evidente que vai acontecer. Não vai ter jeito. O contingenciamento será discutido. É uma medida muito dura, uma vez que, por exemplo, hoje é dia 6 e não recebemos nada referente a janeiro. São coisas que temos que discutir com profundidade, mas os poderes não têm mais muito com o que contribuir”, completou.