Manifestantes se reúnem nesta terça-feira (3) na Praça Oito de Abril, em Cuiabá, num ato em defesa da Operação Lava Jato e contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com roupas verdes e amarelas, os participantes carregam faixas e cartazes. Segundo os organizadores, mil pessoas participam do ato. A Polícia Militar estima 500 pessoas.
Durante o ato, os manifestantes fecharam a Avenida Getúlio Vargas, no Centro da capital, e cantaram o hino nacional.
Boneco que representam Lula 'enforcado' e vestido de presidiários foram colocados na praça e, durante o ato, por diversas vezes os participantes gritaram palavras de ordem,: “Lula ladrão, seu lugar é na prisão”.
Segundo Marli Isabel, que representa o Movimento Muda Brasil, o ato é uma forma de pressionar o Supremo Tribunal Federal a votar contra o habeas corpus preventivo do ex-presidente Lula, que foi condenado em segunda instância a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex em Guarujá (SP).
"A prisão de Lula seria um marco contra a corrupção no Brasil. Um condenado em segunda instância tem que ir para a cadeia. A corrupção deve ser punida com prisão e devolução do dinheiro público. O povo está cansado de tanta corrupção", afirmou.
Para Ulisses Moraes, coordenador do Movimento Brasil Livre (MBL), a população deve ir para a rua para cobrar um posicionamento da Justiça. "O STF não pode se apequenar e mudar a jurisprudência em função de um réu", disse.
Para a empresária Márcia Zeferino, de 58 anos, ir às ruas é o jeito de chamar a atenção dos políticos do país. “A falência do país está atingido a todos e o Brasil só voltará a crescer se estancarmos a corrupção”, afirmou.
Já a economista aposentada Solange Maria da Costa Marques Neves, de 64 anos, ir às ruas é necessário para defender a continuidade das investigações da Operação Lava Jato e pedir um país melhor para as futuras gerações.
"Quero um Brasil mais honesto, mais justo para os nossos filhos, netos. Temos que lutar pela Lava Jato Jato até o fim", disse.
A manifestação teve participação do Movimento Muda Brasil, Vem Pra Rua, Movimento Brasil Livre, Avança e Movimento Pela Ordem.