O Ministério Público Estadual (MPE) instaurou um inquérito para apurar denúncias de irregularidades em um cemitério que fica na zona rural de Santo Antônio de Leverger, a 35 km de Cuiabá. Durante as chuvas intensas, os túmulos ficam alagados e os rejeitos dos mortos são levados para um rio próximo.
A comunidade da Gleba Bocaiuval utiliza o local para sepultar os familiares. Em 1984, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) formalizou a posse para a família do aposentado Antônio Batista de Amorim.
"Temos uma ideia do que precisamos fazer para poder regularizar o cemitério com a prefeitura", afirmou.
A filha de Antônio Walkyria Amorim de Souza explicou que, durante as chuvas intensas na região, a água do cemitério escorre até um rio.
"Muitos animais bebem dessa água e os donos fizeram um poço para dar outro tipo de água para eles", contou.
O Ministério Público busca identificar o responsável pelos cuidados com o local.
De acordo com a procuradora do município, Luciane Rosa, o cemitério é utilizado pela família de Antônio e pelos moradores da zona rural há mais de 100 anos.
"Isso já se tornou uma tradição para os familiares. Há mais de 100 anos eles utilizam aquele local", disse.