O chefe de uma organização criminosa paulista identificado como Francivaldo Moreira Pontes, morreu nesta terça-feira (26), em um confronto com a Polícia Civil, durante uma operação que tentava prendê-lo em uma ilha no interior do Pará.
Segundo a polícia, Francivaldo foi apontado como o principal financiador e articulador de uma invasão a um quartel da Polícia Militar, em Confresa, a 1.160 km de Cuiabá, em abril de 2023. Junto ao criminoso, foi apreendido um fuzil AK47 e munições do mesmo calibre.
A polícia informou que ele tinha três mandados de prisão em aberto e estava envolvido em planejamento de crimes conhecidos como “domínio de cidades”.
De acordo com a polícia, durante a abordagem, Francivaldo efetuou disparos contra os policiais, que reagiram. Ele foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Investigações
O fugitivo também era investigado pelas polícias de Minas Gerais e do Pará. Em janeiro de 2007, uma quadrilha liderada por ele atacou agências bancárias na cidade de São Gotardo, interior mineiro, onde um policial militar foi morto.
Na ocasião, o grupo fez reféns um juiz, delegado, promotor e policiais militares da cidade, junto com outras vítimas. A quadrilha utilizava um fuzil 50, considerado de alto potencial destrutivo.
O criminoso estava foragido do Sistema Penitenciário paraense desde 2015. Em liberdade, ele utilizava nomes falsos, entre eles Renato Barbosa Sousa, Levi Pereira Gonçalves e Ronaldy Leão da Gama.
Ataque em Confresa
No dia 9 de abril de 2023, um grupo de criminosos armados com fuzis invadiu o quartel da Polícia Militar em Confresa, rendeu policiais dentro da base militar e ateou fogo no prédio.
Durante a invasão, eles explodiram um carro. Telhados de residência, além de uma igreja, ficaram destruídos por causa dos explosivos.
Os criminosos seguiram para a sede da Brinks, empresa de transporte de valores. Lá, eles também explodiram as paredes do prédio. Segundo a empresa, nada foi levado.
O bando espalhou alguns explosivos pela cidade, mas foram desativados. Alguns veículos usados durante a invasão também foram encontrados abandonados em áreas indígenas. Após 39 dias de buscas, 18 suspeitos morreram em confronto e outros 5 foram presos.