Savi foi preso no último dia 9, na segunda fase da operação ‘Bereré’, batizada de ‘Bonus’, suspeito de liderar esquema fraudulento que gerou desvio de aproximadamente R$ 30 milhões do Departamento Estadual de Trânsito. A mesma ação também investiga possível envolvimento de Nininho.

Para o social-democrata, Savi já está há muitos dias na prisão e a decisão da Assembleia de abrir a votação deve ser trazia ao plenário nos próximos dias, caso os advogados do parlamentar e procuradores da Assembleia Legislativa não encontrem meios jurídicos para sua soltura.

"Isso está sendo discutido com o presidente, a Mesa Diretora e eu acredito que nos próximos dias deve tomar esta decisão. Acho que já se avançaram muitos dias realmente e creio que a Assembleia está aguardando alguns recursos, orientações dos advogados. Quero crer que em breve, se não houver uma decisão judicial dando a liberdade, provavelmente vai ser posto em votação o pedido de liberação do deputado Mauro", afirmou o parlamentar.

O deputado ainda comentou o poder da casa de leis em votar para que a justiça analise e cumpra a votação dos parlamentares, deixando claro que não será emitido um alvará de soltura.

“O que houve lá atrás quando o desembargador Zuquim disse que a Assembleia não poderia emitir o alvará de soltura. Eu concordo, a Assembleia não tem o poder de emissão deste alvará, agora a votação pedindo ao tribunal para que analise e cumpre esta votação, isso é uma prerrogativa da Assembleia”, disse.

O presidente Eduardo Botelho (DEM), segundo circula nos bastidores, estaria sofrendo pressão de alguns pares para analisar a soltura do deputado, mesmo com a orientação contrária do desembargador José Zuquim Nogueira, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, que alertou os parlamentares que qualquer tentativa de interferência na prisão de Savi pode ser entendida como obstrução de justiça, desobediência e ato de improbidade administrativa.

A Casa de Leis não confirma, mas a votação é dada como certa nos corredores do edifício Dante Martins de Oliveira.