Silval deixa mil servidores da educação sem salário e décimo terceiro

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+ Cotidiano
Terça, 23 Dezembro 2014 | DA REDAÇÃO

O futuro secretário de Educação do governo Pedro Taques, Permínio Pinto, apresentou, nesta segunda-feira (22), dados da pasta e afirmou que a situação é preocupante devido a desorganização administrativa, durante a gestão do governador Silval Barbosa (PMDB). Ele revelou que mais de mil servidores contratados não receberão os salários de dezembro deste ano e nem o 13º salário. A folha de pagamento ficou prevista para janeiro de 2015, quando Pedro Taques assume a gestão. 

Segundo Permínio, os índices da educação estão em patamares muito abaixo do desejável e há necessidade de se promover uma mudança imediata para corrigir o atual modelo de gestão. Como prioridade, o futuro secretário afirma que o foco inicial será a área pedagógica e que em médio prazo já serão apresentados melhorias nos índices.

O setor de gestão de pessoas da secretaria também deve ser olhado com muita atenção pela próxima gestão, que, conforme o futuro secretário, terá uma equipe com perfil técnico. 

Durante a audiência pública, o governador eleito Pedro Taques afirmou que a situação da educação é vergonhosa, mas que este setor será prioritário em seu governo. “A educação vai muito mal e isso nos envergonha, todos os índices são negativos. Mas vamos fazer investimentos e organizar a educação em Mato Grosso”, afirmou Taques.

FINANÇAS
O futuro secretário de Planejamento da gestão Taques, Marco Aurélio Marrafon, apresentou dados que mostram a grave desorganização no planejamento e na execução das políticas públicas do atual governo. Da previsão de R$ 1,7 bilhão de déficit, R$ 1,2 bilhão é referente somente a pagamento de pessoal e dívida. 

Também foram apontadas graves falhas na gestão de pessoas, com passivos de R$ 3 bilhões na folha de pagamento, falta de controle sobre os contratos do Estado, além de falhas na gestão do MT Prev e MT Saúde. Um dos pontos graves mais evidentes, conforme o secretários, são os contratos sem previsão orçamentária.

Marrafon explicou que a previsão orçamentária das secretarias de governo foram subestimadas, com a projeção de gastos menor do que a média dos últimos anos, o que já compromete o trabalho da próxima gestão. Além disso, segundo ele, cada secretaria é uma ilha e o governo não cumpre as três etapas básicas do planejamento: execução, monitoramento e avaliação dos resultados. 

Conforme o futuro secretário de Planejamento, o governo Pedro Taques irá começar os trabalhos cortando gastos desnecessários, fazendo uma reforma administrativa e promovendo o desenvolvimento para aumentar a arrecadação.

“Não temos previsão orçamentária para alguns contratos e não temos dinheiro em caixa para pagar essa conta colocada e os restos a pagar. Nossa estimativa é a de que não encontraremos dinheiro em caixa, situação bem diferente da anunciada pelo governo. E mesmo se encontrarmos algum valor, ele já estará todo comprometido com a dívida sem previsão orçamentária”, afirmou. 

Durante toda a manhã foram apresentados dados relativos às finanças do governo, saúde, educação, segurança, meio ambiente, infraestrutura e obras da copa. Apesar de todos os problemas apresentados, o governador eleito Pedro Taques afirmou que a intenção da próxima gestão não será realizar uma “devassa ou abrir a caixa preta”. 

Mesmo diante do quadro governamental difícil, Pedro Taques afirmou que é um homem de esperança e que, com os cortes de gastos e combate à corrupção, será possível dar início ao processo de transformação em Mato Grosso. 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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