VLT pode custar R$ 1,1 bilhão a mais que o estimado e a passagem ser 100% mais cara

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Terça, 10 Fevereiro 2015 | OLHAR DIRETO

O preço do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) inflacionou 112% em quatro anos e pode chegar a 158% do valor originalmente apresentado em uma audiência pública na qual foi discutido se ele ou o Bus Rapid Transport (BRT) era o melhor modal para Cuiabá e Várzea Grande.

Naquela ocasião, os defensores do VLT apresentaram um preço de R$ 696 milhões para convencer a sociedade de que ele seria superior e pouco mais caro em relação ao BRT, cujo preço estimado era de R$ 500 milhões. Contudo, a obra acabou sendo contratado por mais que o dobro: R$ 1,447 bilhão.

Agora, após análise feita por uma equipe montada pela nova gestão estadual em cima dos relatórios de acompanhamento da obra, no qual foram levantados os possíveis ajustes cambiais, anuais e de reequilíbrio financeiro, já se apontam um custo final da obra de aproximadamente R$ 1,8 bilhão.

“Estes R$ 1,1 bilhões de Reais adicionais custarão muito aos Matogrossenses, que obviamente têm outras prioridades”, consta de parte da apresentação dos dados de acompanhamentos das obras da Copa do Mundo, apresentados na manhã desta segunda-feira (09), no Centro de Eventos do Pantanal.

Outro valor que foi revisado e inflacionou foi o da tarifa. Nas audiências públicas para convencimento de implantação do VLT foi apontado por um estudo do Governo que o custo seria de R$ 3,89 e poderia ser subsidiado para ficar em torno de R$ 2,99. Este valor levava e consideração uma divisão em 50% entre VLT e ônibus. Entretanto, também era apontado um déficit de R$ 1,6 milhão.

Este estudo foi posto em “xeque” pela nota técnica 1788/2014 da Controladoria Geral da União (CGU). O órgão questiona os dados que consubstanciaram o estudo da tarifa e ainda perguntou qual seria a solução para sanar o déficit milionário apontado. A nota ainda afirma que o BRT seria uma opção economicamente mais viável.

Um levantamento prévio feito pelo atual governo aponta que o valor da tarifa deverá variar entre R$ 6 e R$ 10, algo entre 100% e 160%. “Mas não dar um valor exato. Um estudo completo da Rede Integrada de Transporte será feito com urgência”, afirmou o secretário extraordinário de Projetos Estratégicos, Gustavo Oliveira.

 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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