Queimadas aumentam 152% no primeiro mês de proibição em Mato Grosso

Queimadas aumentam 152% no primeiro mês de proibição em Mato Grosso

A quantidade de focos de queimada teve aumento mínimo de 146% em Mato Grosso nos primeiros trinta dias do período proibitivo. Relatório divulgado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) aponta, até às 9h desta terça-feira (16), o registro de 3.574 focos de queimadas em Mato Grosso  somente em agosto. Durante todo o mês de junho houve registro de 1.417 ocorrências; julho encerrou com 3.495 focos, aumento de 146% na comparação com o mês anterior.

Na comparação entre os meses de agosto, o número de focos registrado na primeira quinzena  do período este ano já corresponde a 70% do que ocorreu nos 31 dias de 2015, quando o Inpe conseguiu registrar 5.112 focos. Os números dos meses de julho também tiveram aumento acima de 100%. No intervalo de 2015, ocorreram 1.533 pontos de queimadas em Mato Grosso e neste ano foram 3.495 (127%).

Já variação no mês que antecede o início das queimadas foi bem menor- 1.402, em 2015, e 1.417 neste ano, alta de 1%. A tendência é que as queimadas subam para um novo patamar até ao fim deste mês pela estimativa dos números já registrado nos 15 dias de agosto, segundo o Inpe.

O período proibitivo para queimadas começou no dia 15 julho e segue até o dia 15 de setembro, podendo ser prorrogado em razão das condições climáticas, conforme decreto 638, publicado no Diário Oficial de Mato Grosso. Nas áreas rurais, utilizar fogo para limpeza e manejo nas áreas é crime passível de seis meses a quatro anos de prisão, com autuações que podem variar entre R$ 7,5 mil e R$ 1 mil (pastagem e agricultura) por hectare. Nas áreas urbanas o uso do fogo para limpeza do quintal é crime o ano inteiro.

Conforme a Secretaria de Meio Ambiente (Sema), o total de investimentos entre Corpo de Bombeiros e Sema pode chegar a R$ 4 milhões, por meio de uma estrutura de atendimento descentralizada que atenderá os 141 municípios de Mato Grosso. No mês de agosto, também serão realizadas audiências públicas em dois municípios que estão no topo do ranking de queimadas e desmatamento ilegal, que são Marcelândia e Colniza, respectivamente nos dias 10 e 24 de agosto.