Sem combustível e alimentos, 25 municípios de MT podem decretar situação de emergência
A Defesa Civil Estadual faz constantes levantamentos e acompanha a situação dos municípios de Mato Grosso que sofrem com a greve dos caminhoneiros, que entrou no seu oitavo dia nesta segunda-feira (28). Ao todo, 25 cidades podem decretar situação de emergência por conta dos problemas de desabastecimento. Falta de combustível e alimentos são os principais problemas apontados.
O gerente de articulação e comando da Defesa Civil do Estado, sargento BM Wagner Rosa, explicou ao Olhar Direto que “estamos entrando em contato com as coordenadorias municipais, solicitando que a Defesa Civil dos municípios façam o levantamento das necessidades essenciais para as cidades, em relação a Saúde, combustível, Segurança Pública, alimentação. Eles estão repassando as informações para que montemos uma planilha”.
O sargento ainda acrescenta que o maior caos é em relação ao combustível, já que em quase todos os municípios a situação é a mesma. Algumas cidades estão com falta do gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha e também hortifrutigranjeiro. Muitos estão apenas com a alimentação básica.
“Temos municípios em processo de decretação de emergência. Temos 25 em processo de levantamento que podem fazê-lo. O decreto é necessário para que os prefeitos tenham acesso ao benefício da lei que permite dispensa de licitação para compra direta de materiais”, explicou o sargento.
Por fim, a Defesa Civil ainda informou que o estoque do órgão não será utilizado: “Só o utilizamos quando há uma situação de desastre natural ou humano, o que não é o caso. Além disto, nosso meio de transporte é terrestre. Não iria adiantar, já que as rodovias estão bloqueadas para os caminhões”.
O Governo do Estado informou que a Defesa Civil no Estado também está atenta ao caso e possui um bom estoque de produtos essenciais, caso haja um colapso ainda maior no abastecimento.
A mobilização foi proposta pela Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e iniciou na manhã da última segunda-feira (21). Em razão dos pesados impostos e do baixo valor dos fretes, a categoria afirma que enfrenta uma grave crise e articula ações em todo o país para evidenciar o descontentamento com a atual política econômica. A PRF mantêm o diálogo com os caminhoneiros.