Parte dos servidores da rede estadual de educação não receberam a primeira parcela da restituição dos salários cortados durante a greve que durou 75 dias. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep).
O acordo firmado pelo governador Mauro Mendes (DEM) era de que nesta terça-feira (20), as faltas dos meses de maio e junho seriam restituídas. Os valores de julho e agosto estão previstos para serem pagos no dia 20 de setembro.
"Informações que tem chegado na sede central do Sintep dão conta que não houve nenhum tipo de critério técnico quanto a não inclusão dos trabalhadores da Educação nesta folha complementar do dia 20. Há um número significativo de profissionais que não receberam, até mesmo aqueles que retornaram antes do encerramento da greve", diz trecho de nota emitida pelo sindicato.
Uma reunião acontece nesta quarta-feira (21) com a Secretaria de Estado de Educação para resolução dessas pendências. A reportagem aguarda posicionamento da Pasta.
A greve
Com início no dia 27 de maio, a greve de 2019 foi a maior da história da categoria. Os servidores da educação manifestavam, entre outras coisas, pelo cumprimento da lei 510/2013, que prevê a dobra do poder de compra.
Houve o corte de salários dos servidores que aderiram ao movimento. Após posicionamento do Governo, profissionais decidiram em assembleia dar fim ao movimento no dia 9 de agosto.
"Não houve um posicionamento efetivo do governo, e a categoria reafirma, que caso o governo integralize e não apresente uma proposta ate a próxima data base próxima no meio do ano de 2020, nós poderemos ter uma nova greve, inclusive no estado de Mato Grosso", afirmou o presidente do Sintep, Valdeir Pereira, na ocasião.