O município de Tangará da Serra (242 km de Cuiabá), com 101 764 habitantes, conforme a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2018, está racionando água desde a última segunda-feira (16), devido à severa estiagem enfrentada em Mato Grosso. Segundo o diretor do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), Wesley Lopes Torres, com a economia a cidade ainda tem condições de distribuir água para população nos próximos 60 dias.
Com o racionamento, "a previsão é que tenhamos de 45 a 60 dias [de abastecimento], nesse período a gente espera que as chuvas retornem", disse Wesley.
Se o fornecimento da cidade continuasse, 24 horas por dia, havia um risco muito grande de esgotar os reservatórios.
"A medida foi adotada devido às previsões [do tempo] não estarem se cumprido, até o momento. Dado essa inconstância dos institutos de meteorologias, um plano estratégico foi adotado", explica o diretor.
O 'Plano Estratégico de Distribuição Racional de Água Tratada no Período de Seca’ foi apresentado na semana passada, em coletiva de imprensa, para a sociedade, na Prefeitura de Tangará da Serra.
Por enquanto, a situação está amenizada pelas lagoas de reservação, dispostas na Estação de Tratamento de Água (ETA) Queima Pé.
“Estas lagoas nos dão, até agora, fôlego para enfrentar a falta de chuvas, mas elas têm um limite nas suas capacidades que está muito próximo”, observou Wesley.
Para evitar uma crise hídrica semelhante a 2016, o Samae dividiu a cidade por setores e a água está sendo distribuída de forma escalonada. Os bairros serão abastecidos um dia sim, outro não, sendo 24 horas de abastecimento, seguidas de 24 horas de intermitência.
O volume de distribuição também foi reduzido de 340 litros/segundo para 250 litros/segundo.
O gestor da Samae ainda fez um alerta à população para o desperdício de água.
“Tão importante quanto vir à chuva é a colaboração do cidadão tangaraense neste momento delicado. O cidadão pode criticar, é um direito seu, mas critique fazendo sua parte”.