A contratação do goleiro Bruno Fernandes no Clube Esportivo Operário Várzea-grandense (CEOV) está sacramentada. Nesta sexta-feira, o juiz Tarciso Moreira de Souza, da Vara de Execução em Meio Aberto e Medidas Alternativas de Varginha (MG), autorizou o jogador a exercer a profissão na Cidade Industrial.
A decisão atende parecer do promotor Aloísio Rabelo de Rezende, também da cidade de Varginha. O atleta já tem um acerto esportivo e financeiro para atuar no tricolor varzea-grandense e aguardava apenas o aval da Justiça para ser anunciado como jogador do clube.
No seu parecer, o promotor destaca as condições para que um detento possa usufruir o regime semiaberto. Uma delas é ter emprego fixo, condição que o goleiro vai obter ao se mudar para Várzea Grande.
Sobre o fato de Bruno se mudar de Minas Gerais, estado onde cometeu um crime brutal, o promotor destacou que, muito antes de ser preso, ele já exercia a função de atleta de futebol. “Tendo em vista a profissão que sempre exerceu o reeducando e o teor da proposta de emprego por ele apresentada, o MP não se opõe”, assinala.
Com o parecer, o atleta aguarda a posição de um juiz de Direito para autorizar a mudanças dele para Várzea Grande. Ele deve atuar no Operário no Campeonato Mato-grossense, Copa do Brasil e Série D do Campeonato Brasileiro.
CRIME
Bruno Fernandes foi condenado, em 2013, pelo assassinato da modelo Eliza Samúdio, com quem teve um filho. A pena é de mais de 20 anos de prisão e, no ano passado, ele obteve a progressão de regime para o semiaberto. O assassinato ocorreu em 2010, quando o goleiro defendia o Flamengo.
No julgamento, o goleiro confessou que Elisa Samúdio, teria sido morta, esquartejada e seus restos mortais teriam sido entregues para cães. Ele ainda disse que o assassinato teria acontecido no dia 10 de junho de 2010.