Maior felino das Américas, onça-pintada é vítima dos danos ambientais e pecuaristas

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Terça, 29 Novembro 2022 | GazetaDigital
Maior felino das Américas, a onça-pintada é um animal ameaçado de extinção no Brasil e as principais causas são a caça ilegal, desmatamento e as queimadas. Neste Dia Nacional da onça-pintada, o  traz informações e curiosidades sobre o  animal que é o maior símbolo da biodiversidade brasileira e grande atrativo para turismo de observação no Pantanal.
As onças-pintadas podem ser encontradas em diversos biomas do Brasil. São animais que caçam durante a noite e dormem de dia perto dos rios ou nas árvores. A caça ilegal das onças é um dos fatores que impacta  fortemente para extinção desses bichos. Apesar de assustadores pelo tamanho e presas, elas evitam contato com seres humanos e só atacam quando se sentem ameaçadas.
Sua dieta é composta, basicamente, por mamíferos como a capivara, anta e tamanduá-bandeira. Também costumam variar o cardápio com jacarés e peixes. Com escasses de alimentos e redução de seu habitat, em alguns casos elas caçam bois, motivo pelo qual são assassinadas em fazendas. Vale destacar que matar animal silvestre é crime ambiental.
No início deste ano, o fazendeiro Benedito Nunes Rondon matou a tiros e gravou um vídeo zombando do animal executado. Ele passou dias foragido, mas foi identificado e preso. O delito gerou repercussão e o suspeito foi condenado a pagar R$ 150 mil. Valor fixado em Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o Ministério Público de Mato Grosso e o agricultor.
O aumento do desmatamento e das queimadas são fatores que também influenciam para a extinção das pintadas. Um estudo divulgado pelo MapBiomas mostra que o Pantanal, maior superfície alagada do mundo, encolheu 29% entre as cheias de 1988 e 2018.
A redução das áreas pressiona a vitalidade das onças-pintadas. Outro estudo revela que entre 2016 e 2019, na Amazônia, 1.422 onças-pintadas foram mortas ou deslocadas do bioma. Cada vez mais o animal de extrema importância para a preservação das florestas, vai desaparecendo.  
Não há números oficiais sobre a quantidade de onças-pintadas no Brasil. Estudiosos usam as pintas, que são como as digitais dos humanos, para identifica-las. Não existem duas iguais! Em Barão de Melgaço (MT), o Sesc Pantanal têm monitorado onças-pintadas com chips e por câmeras que gravam sua rotina.
“O estudo de grandes predadores como a onça é como um guarda-chuva, que contempla todo o ecossistema. A partir dessa espécie, conseguimos coletar informações acerca de diversas espécies e da paisagem. Os dados já coletados mostraram que a rotina comportamental da onça já monitorada abrange uma área de vida de cerca de 400 km². Isso atesta que esta grande área está em bom estado de conservação e apresenta condições favoráveis para ele e, consequentemente, das diversas espécies abaixo dele na cadeia alimentar”, comentou Cristina Cuiabália, gerente de pesquisas do Sesc Pantanal.
Dia nacional da onça-pintada
A data foi oficializada por meio de Portaria do Ministério do Meio Ambiente (MMA), em 16 de outubro de 2018, com o objetivo de unir esforços em ações de divulgação sobre a importância ecológica, econômica e cultural da espécie. A portaria declarou ainda a onça-pintada como Símbolo Brasileiro da Conservação da Biodiversidade. 
O maior felino das Américas, que necessita viver em grandes áreas preservadas, é protegido por diversas unidades de conservação geridas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), além de contar com o Plano Nacional (PAN) de Conservação da Espécie. Em 2018 foram criadas duas unidades de conservação para ajudar a proteger a espécie na Caatinga: Parque Nacional da Boqueirão da Onça e a Área de Proteção Ambiental (APA) Boqueirão da Onça.
Preservar as onças-pintadas é preservar o meio ambiente e a biodiversidade brasileira!

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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