Mato Grosso pode registrar 50ºC graus em pouco tempo. A afirmação é da especialista em clima Ana Paula Paes, em palestra no I Seminário de Mudanças Climáticas em Mato Grosso, realizado esta semana.
O evento, organizado pelo Tribunal de Justiça com apoio da Energisa, discutiu medidas e práticas para conter o avanço das mudanças climáticas.
A pesquisadora possui doutorado e pós-doutorado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e mencionou que em projeções futuras, entre 2030 e 2050, caso não exista medidas para efetivamente combater o aquecimento global, regiões como o Centro-Oeste no Brasil podem registrar temperaturas desérticas.
“Nós já temos nessa região, estados com temperaturas críticas. Mas estamos percebendo que o clima vem apresentando eventos cada vez mais extremos”, explica.
Um exemplo é a sequência de ondas de calor neste ano no Brasil. Já é a oitava, com variações que vão de cinco a dez graus acima da média em Mato Grosso.
“O ano de 2023 foi considerado o mais quente de todos os tempos no mundo. E podemos já ter em 2024 um novo recorde. Na prática, você percebe esse efeito olhando o que está acontecendo neste mês de setembro. Ano passado, nessa mesma época tivemos eventos de ondas de calor que duravam em torno de uma semana, com máximas acima dos 40 graus. Já em setembro de 2024, temos praticamente o mês todo”, explicou a especialista.
Para Ana Paula, o clima em 2024, ainda mais quente que 2023 - ano que bateu recorde no mundo todo -, mostra que essa crescente, neste ritmo, é extremamente perigosa.
“O ano de 2023 foi considerado o mais quente de todos os tempos no mundo. E podemos já ter em 2024 um novo recorde. Na prática, você percebe esse efeito olhando o que está acontecendo neste mês de setembro. Ano passado, nessa mesma época tivemos eventos de ondas de calor que duravam em torno de uma semana, com máximas acima dos 40 graus. Já em setembro de 2024, temos praticamente o mês todo", expôs.