Investigações realizadas pelo Gaeco, em conjunto com o Núcleo de Ações de Competência Originária da Procuradoria Geral de Justiça (Naco), mostram que nos últimos dois anos a empresa Microlins e os Institutos de Desenvolvimento Humano (IDH) e Concluir receberam do Estado quase R$ 20 milhões para executar programas sociais referentes ao “Qualifica Mato Grosso”, “Copa em Ação”, entre outros. Nesta terça-feira, agentes do Gaeco estiveram na Setas e apreenderam computadores e pastas. A operação foi batizada de Arqueiro.
No entanto, para que as contratações entre a Setas (Secretaria de Ação Social), que foi dirigida pela esposa do governador Silval Barbosa, Roseli Barbosa, nomes de “laranjas” foram usados pelos fraudadores, cujos nomes só serão divulgados após oferecimento da denúncia pelo Gaeco.
O Ministério Público também questiona a qualidade dos cursos oferecidos pela Setas. Em um dos casos apontados pelo MPE, uma pessoa contratada para elaboração do conteúdo das apostilas possuía apenas o Ensino Médio completo. Em seu depoimento, a jovem confessou que recebeu pelo serviço a quantia de R$ 6 mil e que copiou todo o material da internet.
As investigações apontam a existência de provável conluio entre servidores lotados na Setas e institutos sem fins lucrativos para fraudes em licitações e convênios. As investigações começaram após a divulgação de erros grotescos em apostilas que estavam sendo utilizadas nos cursos de capacitação em hotelaria e turismo promovido pelo governo do Estado.
Nota
Em nota, a Secretaria de Estado de Comunicação (Secom) afirma que o governo do Estado designou a Auditoria Geral do Estado para apurar supostas irregularidades na Setas. A Secom também informou que a secretaria vai colaborar com o Gaeco.