Alunos da Escola Arnaldo Estevão são orientados sobre o HPV por universitários da UNIVAG e profissionais da Secretaria de Saúde
Nove acadêmicas do 1º Semestre do curso de enfermagem da Univag, o Centro Universitário de Várzea Grande, juntamente com duas profissionais da Secretaria Municipal de Saúde de Jangada (Enfermeira Sandra e ACS Marlene), estiveram na manhã desta segunda-feira (02.06) na Escola Arnaldo Estevão de Figueiredo, onde ministraram uma palestra sobre o HPV. O público alvo da palestra foi o mesmo público alvo da campanha de vacinação: meninas de 11 a 13 anos.
Na avaliação das acadêmicas e das profissionais da Saúde de Jangada, a palestra educativa é muito importante, pois esclarecem as meninas sobre o HPV, maneiras de transmissão, prevenção, consequências e tratamentos. “É importante que esse trabalho seja realizado, já que a informação pode diminuir a incidência das doenças sexualmente transmissíveis. Devemos trazer, sempre, essas informações, educando esses jovens”, disse uma das acadêmicas durante a palestra.
A enfermeira Sandra Ferreira explanou sobre a situação do município de Jangada, que, assim como em todo o Brasil, ainda não atingiu a meta de vacinação, que é de 70%. “É muito importante também que os pais tenham a consciência da necessidade de vacinar as meninas de 11 a 13 anos, pois nessa faixa etária, a eficácia é de 100%, enquanto em mulheres com idade maior, a eficácia pode cair mais da metade”, frisou.
A campanha de vacinação contra HPV iniciou em Março em todo País. Em Jangada, a vacinação está sendo feita nos três Postos de Saúde da Família (PSF) do município: São eles o da zona urbana (Praça da Igreja), e os das comunidades do Mutum e Novo Mato Grosso.
A vacina contra o HPV é capaz de prevenir a transmissão do vírus causador do câncer do colo do útero, que pode ser contraído por meio de relação sexual, contato direto com peles ou mucosas infectadas, e também no momento do parto. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 290 milhões de mulheres no mundo sejam portadoras do HPV, sendo que 32% são infectadas pelos tipos causadores do câncer. Por ano, 270.000 pessoas morrem em decorrência da doença.
O Ministério da Saúde definiu a estratégia de realizar a vacinação em grupos divididos por faixa etária, até atingir meninas de 9 a 13 anos. A campanha estará voltada inicialmente às garotas de onze a treze anos. Em 2015, a vacina passará a ser ofertada para o grupo de nove a onze anos e, em 2016, para o público de nove anos. De acordo com o ministério, estudos mostram que essa faixa etária apresenta melhores resultados na eficácia da vacina, pois é quando a produção de anticorpos é mais intensa. Além disso, no caso do Brasil, a maior parte das meninas ainda não iniciou a vida sexual nessa idade e, portanto, é mais provável que não tenha tido contato com o vírus HPV.
A vacinação se dá de forma gradativa e totaliza três aplicações: a segunda dose é aplicada seis meses depois da primeira - e garante proteção contra a contaminação. Passados cinco anos, será aplicada a terceira dosagem da vacina, que serve como um reforço para manter a imunização duradoura.
Segundo o Ministério da Saúde, a vacina não elimina a necessidade de uso de preservativo durante a relação sexual, já que o sexo desprotegido pode levar a outras doenças, como infecção pelo vírus da aids, hepatite e sífilis. Além disso, meninas que foram vacinadas não devem deixar de fazer, a partir dos 25 anos, o exame Papanicolau, que pode diagnosticar o câncer de colo do útero precocemente.