Faltam 2,5 mil operários para concluir obras da Copa em Cuiabá, diz Secopa
Há quase um ano para o início da Copa do Mundo de 2014, Cuiabá se depara com a escassez de trabalhadores para concluir as obras para o mundial de futebol. Um relatório elaborado pela Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) aponta que é necessário aumentar em 71% o número de funcionários nos canteiros de obras de todas as frentes de trabalho: Arena Pantanal, mobilidade urbana, Centros de Treinamento e aeroporto. Esse aumento corresponde à contratação de mais 2.508 pessoas por parte das construtoras responsáveis pelas obras. Segundo o relatório, até o início de maio havia 3.532 operários contratados, quando o ideal para concluir as obras dentro dos prazos o ideal seria 6 mil trabalhadores.
O relatório da Secopa aponta ainda que grande parte da escassez de trabalhadores se dá para a execução das obras do Veículo Leve sobre os Trilhos (VLT), que conta com 788 funcionários e seriam necessários mais 1.495. O projeto apresentava 28% de execução quando o relatório foi elaborado, em maio, e a obra está prevista para ser concluída em março de 2014.
A Arena Multiuso Pantanal que, segundo a secretaria estaria 67% realizada, possuía 1.069 trabalhadores e precisaria de mais 431. No entanto, o secretário da Secopa, Maurício Guimarães, declarou recentemente à reportagem da TV Centro América que a partir deste mês as construtoras estariam realizando as contratações necessárias para as obras das Arena, e que a meta é chegar a 1.700 trabalhadores a partir deste mês no local.
A equipe de reportagem do G1 procurou a Secopa para falar sobre a escassez de trabalhadores e os procedimentos, mas até o fechamento da matéria não houve retorno do órgão.
Já quanto aos Centros Oficiais de Treinamentos (Cots) da Barra do Pari e da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), cujas obras foram consideradas atrasadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), seriam necessárias 70 novas contratações. Atualmente, o COT do Pari está com 4,10% de obras executadas e necessita de 50 operários para se aliar aos atuais 86. O da UFMT, com estágio atual de apenas 2,60% na execução, conta com 48 pessoas trabalhando e precisaria de mais 20. As duas obras estão previstas para serem entregues no mês de dezembro de 2013.