Governo não cede e professores podem parar na semana que vem
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Sábado, 08 Junho 2013
| REPÓRTER MT
Nos próximos dias 08 e 09 de junho termina o prazo do declarado “estado de greve” em que os servidores da Rede Estadual de ensino de Mato Grosso decidiram permanecer, por conta do aumento de apenas 8% concedido pelo governador Silval Barbosa (PMDB), não atendendo nenhuma das reivindicações fixadas pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (SINTEP-MT).
Segundo o presidente do Sintep, Henrique Lopez, até o momento o Estado não manteve nenhuma negociação com os servidores. A classe realiza uma assembleia neste sábado (08) para decidir se inicia ou não, a paralisação por tempo indeterminado.
Prazo de “estado de greve” dos servidores da educação de MT terminou no sábado (08)
“O Governo até agora não se manifestou em atender as nossas reivindicações. Queremos a valorização da categoria", disse.
Em entrevista ao RepórterMT, nesta quinta-feira (06), Henrique disse que a situação está insustentável e declara que Silval não cumpre o artigo 245 da Constituição Estadual. A lei determina que o Estado invista no mínimo 35% da sua receita na Educação.
“No Estado inteiro temos escolas com péssimas estruturas e servidores mal remunerados. Isso tudo compromete o ensino dos alunos. O governador não cumpre nem o mínimo que é investir 35% da receita do Estado na Educação”, declarou Lopez.
Sobre a proposta de aumento, o secretário estadual de Educação, Ságuas Moraes, negou a informação que o Governo não manteve o contato com a classe. Sendo que já deu o aumento necessário para os servidores, no mês de abril, e ainda atendeu outras reivindicações. Mas argumentou que o Estado não consegue atender todos os pedidos da classe.
“Tudo que podia ser feito a gente fez pelos servidores. No entanto, não dá para atender 100% as reivindicações do Sindicato. O avanço vai ser sempre permanente, estávamos fazendo tudo que podemos para melhorar as condições de trabalho deles (Servidores da Educação). Eles ainda pediram uma reunião com Silval para expor seus problemas, mas no momento o Governador está com a gente cheia”, explicou o secretário.
Confira as reivindicações da classe:
1-Implementação do piso salarial de acordo com a lei nº 11.738;
2-Revisão da atual política de reajuste e incentivos fiscais, respeitando ao artigo 244 da Constituição Estadual de 1989;
3-Ampliação dos recursos da educação de forma a chegar aos 35% estabelecidos pela Constituição Estadual;
4-Garantir as horas atividades aos contratos temporários;
5-Assegurar a posse imediata dos classificados no concurso públicos e criar grupo de trabalho para a realização de novo processo seletivo para preenchimento dos cargos livres;
6-Assegurar a correção imediata da tabela salarial apoio administrativo educacional e revisar o adicional noturno dos vigias;
7-Estabelecer ações que visem o atendimento integral da pauta de reivindicações da categoria.