Em 15 fases, Ararath tem 43 inquéritos; 17 delatores e R$ 228 mi recuperados

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Sexta, 15 Junho 2018 | FolhaMax
O Ministério Público Federal (MPF), a Polícia Federal (PF) e a Receita Federal apresentaram dados relativos a Operação Ararath nesta quinta-feira (14) e revelaram que até o momento, já foram firmados 17 acordos de colaboração premiada, que resultaram em uma devolução aos cofres públicos de R$ 228 milhões.
Os dados foram apresentados em uma coletiva de imprensa, que apontou que a Operação levantou cerca de R$ 1,47 bilhão em relação a créditos tributários constituídos de ofício pelo Fisco. O valor sonegado seria suficiente para pagar todo o custo previsto da obra do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).
De acordo com o Ministério Público Federal, foram recuperados R$ 228 milhões, após os 17 acordos de colaboração já homologados relativos à Operação Ararath. Outros R$ 300 milhões encontram-se bloqueados, a pedido do MPF. O órgão ministerial informou que tramitam atualmente 43 inquéritos, o que daria um valor de R$ 500 milhões, resultando num montante desviado de cerca de R$ 1 bilhão.
Até o momento, foram deflagradas 15 fases da Operação, com 275 mandados de busca e apreensão cumpridos. Somente na Polícia Federal, são 40 inquéritos. Os envolvidos respondem a crimes financeiros, gestão fraudulenta de instituição financeira, crime contra a administração pública, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e crimes tributários.
Entre os colaboradores conhecidos estão o ex-governador Silval Barbosa, sua esposa e seu filho, Roseli Barbosa e Rodrigo Barbosa, além do seu irmão, Antônio Barbosa, e de seu ex-chefe de gabinete, Sílvio Cezar Correa Araujo.
Também fizeram acordo de delação o empresário Gércio Marcelino Mendonça Junior, o Júnior Mendonça, os advogados e irmãos, Kleber e Alex Tocantins, o ex-secretário da Casa Civil Pedro Nadaf, os empresários Genir Martelli, Márcio Luiz Barbosa e José Geraldo Sabóia de Campos, o último morto em abril de 2017. A última delatora que teve o nome revelado é a empresária Marilena Aparecida Ribeiro. Quatro deles ainda permanecem anônimos.
Das 38 ações penais já oferecidas pelo MPF, três delas já resultaram em sentenças condenatórias, contra Eder De Moraes Dias, ex-secretário de Estado de Fazenda, além do seu adjunto, Vivaldo Lopes. Também foram condenados o ex-superintendente do BicBanco, Luiz Carlos Cuzziol, além dos irmãos Tocantins.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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