A Polícia Federal sugeriu que sejam instaurados 144 inquéritos baseados nos acordos de colaboração premiada feitos pelo ex-governador Silval Barbosa, seus familiares e seu ex-chefe de gabinete, Sílvio César Correa. O número é fruto de um relatório produzido pelo delegado da Polícia Federal, Wilson Rodrigues de Souza Filho.
O relatório foi pedido pela Procuradoria Geral da República (PGR). Dos 144 inquéritos, 94 seriam baseados apenas em apontamentos feitos pelo ex-governador. Um dos casos sugeridos pela PF com base na delação de Silval são as declarações dadas por ele contra o governador Pedro Taques (PSDB).
O ex-chefe de gabinete de Silval, Sílvio Cesar Correa, apresentou informações que poderão resultar em 26 inquéritos. Antônio da Cunha Barbosa, irmão de Silval, e Rodrigo da Cunha Barbosa, filho do ex-governador, apresentaram informações que devem resultar em 11 inquéritos, cada um.
Roseli Barbosa, esposa de Silval, ofereceu dados para dois inquéritos. A solicitação da PGR visa levantar quantas investigações já estão sendo feitas e quantas podem ainda ser iniciadas, além de apontar quantos investigados e quais deles teriam foro por prerrogativa de função.
Com isso, as investigações ficariam divididas entre o Supremo Tribunal Federal (STF, Superior Tribunal de Justiça (STJ), Justiça Federal (Quinta Vara em Mato Grosso), Tribunal de Justiça e Justiça Estadual (Sétima Vara Criminal). No entanto, após quase um ano da "Operação Malebolge", o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, ainda não determinou o desmembramento dos inquéritos.