Projeto ‘Terra a Limpo’ beneficiará 65 mil famílias que vivem em assentamentos em Mato Grosso

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Quinta, 05 Julho 2018 | DA REDAÇÃO
O Governo do Estado lançou nesta quarta-feira (04.07), no Palácio Paiaguás, o projeto “Terra a Limpo”. A iniciativa tem como objetivo a regularização fundiária de mais de 400 assentamentos rurais e glebas existentes em Mato Grosso e que pertencem ao Governo Estadual, Governo Federal e União.

Conduzido pelo Gabinete de Articulação e Desenvolvimento Regional (GDR), o projeto conta com recurso de R$ 72,9 milhões do Fundo Amazônia, do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O montante doado será utilizado no processo de georreferenciamento e titulação das propriedades nos próximos 5 anos. A previsão é de que o documento comece a ser entregue a partir de setembro, sem nenhum custo ao assentado, conforme explicou a secretária adjunta do GDR e coordenadora do projeto, Eulinda Lopes.

“Após três anos conseguimos tirar a ideia do papel. A partir de agora vamos conseguir reduzir os conflitos de terra e reconhecer a propriedade a custo zero, o que permitirá também a estruturação da atividade agropecuária e da agricultura familiar nessas áreas”, disse.

De acordo com coordenador da Secretaria de Regularização Fundiária na Amazônia Legal, Otávio Moreira, o cadastramento das famílias atende a um processo criterioso para a validação.
“O Governo de Mato Grosso está apto para realizar o projeto, no entanto, os proprietários de terras, produtores rurais, precisam preencher os requisitos legais e formais para cumprir a legislação. O prazo legal é ele ter ocupado a terra até 2008”, ressaltou Otávio.

O Terra a Limpo vai atender 87 municípios, beneficiará aproximadamente 65 mil famílias e tem como referência o “Terra Legal” implantado em 2009 pela Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), abrangendo os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Ao todo, o programa de regularização fundiária já beneficiou mais de 1 milhão de pessoas em 135 municípios da Amazônia Legal.

“Sem os municípios, a aprovação na Assembleia Legislativa e o Incra nós não poderíamos dar continuidade a este projeto elaborado em 2016. Além da regularização fundiária, ele tem um componente de suma importância:  o compromisso ambiental, pois está inserido no PCI (Produzir, Conservar e Incluir) – uma estratégia de ação não só do poder executivo, mas do Estado de Mato Grosso”, salientou o governador Pedro Taques.

Moradora do Assentamento da Forquilha, no município de Rosário Oeste, Eloirdes de Almeida,67, vive da plantação de mandioca, cana de açúcar e banana. Durante o lançamento ela descreveu a expectativa de poder regularizar o terreno de 5 hectares onde mora há mais de 30 anos.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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