Uma série de políticos citados em delação e envolvidos em processos ligados a corrupção não conseguiu se reeleger no pleito deste ano.
O deputado estadual Mauro Savi (DEM), que foi o parlamentar mais votado em 2014, com 55 mil votos, teve votação pífia e não conseguiu manter o mandato na Assembleia Legislativa.
Os pouco mais de 11 mil votos não foram suficientes para elegê-lo na chapa do governador eleito Mauro Mendes (DEM), uma das mais disputadas.
Savi esteve preso entre o dia 9 de maio e 22 de agosto, acusado de integrar um esquema de desvios de recursos no Detran na ordem de R$ 30 milhões descoberto pela Operação Bereré.
Já o deputado Oscar Bezerra (PV) obteve pouco mais de 11 mil votos. No pleito anterior, foi eleito com 20.351 votos. O ex-governador Silval Barbosa declarou, em sua delação premiada, que Oscar cobrou propina de R$ 15 milhões para que ele não fosse indiciado na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apurou irregularidades nas obras da Copa do Mundo de 2014.
Outro citado por Silval foi o deputado federal Ezequiel Fonseca (PP). O parlamentar apareceu em um vídeo recebendo dinheiro que seria oriundo de propina. Ele chegou a ser hostilizado durante o processo eleitoral.
O mesmo destino teve Gilmar Fabris (PSD), que foi condenado pelo Tribunal de Justiça em junho deste ano, por um esquema de corrupção na Assembleia Legislativa.