Invasores enchem sacos de terra na esperança de achar ouro

Imprimir
+ Geral
Domingo, 04 Novembro 2018 | FolhaMax
Mesmo com uma série de dificuldades de acesso e falta d'água, o número de invasores no garimpo clandestino que fica em uma fazenda no município de Aripuanã, a 976 km de Cuiabá, só aumenta. A Polícia Militar que monitora o local estima a presença de aproximadamente 2 mil pessoas no garimpo, localizado em uma área particular.
Como não tem água no local, as pessoas enchem carros e motos de terra cavada no local e levam para fazer a separação em casa.
" Já tiramos uns 40 sacos e tem mais 40 para retirar lá embaixo. O nosso carro é pequeno, não podemos descer com o nosso carro lá. Daí tem um carro maior que baldeia do garimpo até Aripuanã. Primeiro, vamos mexer aqui, para depois lavar lá na cidade", disse a pescadora Solange Alves de Oliveira.
Já o motorista Fernando dos Reis levou ferramentas que podem ajudá-lo a encontrar ouro. "É um equipamento para fazer pesquisa de metais. Passa sobre a terra e identifica se tem o metal ou não tem", explicou.
A invasão na área começou há cerca de dois meses. O dono da fazenda já registrou queixa à polícia.
Nem a chuva impede a chegada de mais pessoas. A estrada de acesso à fazenda virou lama. Muitos carros atolam e enfrentam dificuldades para sair.
A Polícia Militar está no local controlando o fluxo de carros e motos. O sargento da PM Rosino Antero de Souza afirmou que a presença da polícia no local é para garantir a ordem. "Nosso trabalho é manter a ordem entre os garimpeiros. Aqui tem pessoas que trabalham na área do garimpo como pessoas que nunca mexeram com trabalho de extração de minério", explicou.
A autônoma Marlene Alves saiu de Juína, a 737 km de Cuiabá, onde mora, e viajou mais 150 km para chegar ao garimpo, mas, segundo ela, não vale a pena continuar no local. "A gente viu que não compensa ficar. Então estamos indo embora, mas as pessoas que moram aqui serão abençoadas", disse.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
Joomla 1.6 Templates designed by Joomla Hosting Reviews