PF revela que contador arquitetou fraudes no INSS; 170 benefícios são investigados

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Sexta, 14 Dezembro 2018 | FolhaMax
As investigações da Polícia Federal (PF) apontam que o esquema instalado no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), cuja prática consistia em conceder aposentadorias de forma irregular, era liderado pelo contador alvo de busca e apreensão nesta manhã de quinta-feira (13), durante deflagração da Operação Optus Ficta. O esquema causou prejuízos na ordem de R$ 3 milhões aos cofres públicos.
De acordo com a assessoria de imprensa da PF, o rombo de R$ 3 milhões foi causado por 16 aposentadorias concedidas irregularmente. Caso o esquema não fosse descoberto, afirmou a assessoria, o prejuízo poderia chegar a R$ 13 milhões.
“Estamos apurando cerca de 170 benefícios fraudulentos. Nesta fase da operação foram apenas 16. Destes 16, já constatamos o rombo de R$ 3 milhões que foram causados aos cofres públicos. Se esse esquema criminoso perpetuasse, só desses 16, chegaríamos a R$ 13 milhões”, explicou o policial Paulo Gomes, investigador e assessor de imprensa da PF durante coletiva de imprensa nesta quinta. 
Ainda segundo o agente, a PF já conseguiu montar todo o modus operandi do grupo. Contudo, devido ao crescimento das investigações, a instituição decidiu deflagrar a operação tendo como alvo os envolvidos na operacionalização do esquema para “estancar a sangria” e evitar que novos benefícios fossem concedidos irregularmente.
A operação deflagrada hoje, continuou, teve por objetivo a coleta de documentos e demais materiais do crime para apresentar à Justiça.
A OPERAÇÃO
A Operação Optus Ficta foi deflagrada nesta manhã e teve por objetivo desarticular um esquema de fraudes em concessão de aposentadorias a pessoas que ainda não tinham direito ao benefício, devido à idade ou tempo de serviço. No total, oito mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 5ª Vara Federal de Mato Grosso e cumpridos pela PF, em Cuiabá e Várzea Grande.
O contador investigado fraudava documentos para os interessados no benefício adicionando tempo de prestação de serviço em empresas já desativadas. Estas pessoas, então, apresentavam estes documentos fraudados no INSS, onde os dois servidores envolvidos deixavam de averiguar a veracidade das informações.
Por enquanto, a Polícia Federal ainda não ouviu nenhum beneficiário do esquema. O foco, neste primeiro momento, é ouvir os envolvidos que foram alvo de busca e apreensão.
As investigações foram iniciadas em 2017 e, de lá pra cá, tem ganhado grandes proporções, por isso a deflagração antes da conclusão. O esquema contava com beneficiários de todo o Mato Grosso.
Os mandados foram expedidos pela 5ª Vara Federal de Mato Grosso e foram cumpridos em Cuiabá e Várzea Grande.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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