O vice-governador Otaviano Pivetta (PDT)avaliou que o grande desafio da gestão que compartilha com o governador Mauro Mendes (DEM) é fazer uma gestão eficiente dos gastos públicos. Segundo ele, a ideia é fazer que os recursos arrecadados voltem para a sociedade em forma de serviços públicos que realmente transformem a vida da população.
Ao comentar sobre a economia almejada com o pacote de projetos enviado à Assembleia Legislativa, o vice-governador assinalou que o objetivo é atingir o equilíbrio a médio prazo e buscar a eficiência naquilo que se gastar. Como exemplo, citou que os gastos com Educação representam R$ 7,5 mil por ano por aluno, o que corresponde a uma mensalidade de R$ 600 por mês, semelhante a uma escola particular.
“O Estado gasta mal, é burro. Precisamos gastar bem, com inteligência, para virar esse jogo. É isso que estamos querendo fazer. Não é possível apurar a economia que vai dar, mas a médio prazo o Estado será efetivo e eficiente. Podemos gastar R$ 7,5 mil por aluno por ano, mas para ter uma Educação que a sociedade merece”, colocou Pivetta em coletiva durante reunião do governador Mauro Mendes e de sua equipe econômica com os 14 deputados novatos, que tomarão posse no dia 1º de fevereiro .
Para o vice-governador, as reformas propostas, assim como uma nova taxação do agronegócio, se mostra necessária diante do desequilíbrio econômico existente, que aponta um déficit de R$ 1,7 bilhão. Por conta disso, foi proposto o corte de cerca de 3 mil cargos, redução de secretarias e extinção de seis empresas públicas, além da reedição do Fethab 2, que prevê maior contribuição do agronegócio com o Estado.
“Estado precisa ter um programa de saneamento das contas crível, de verdade e é isso que estamos propondo. Não tem mais como continuar fazendo de conta e deixando o Estado andar ladeira abaixo. Precisamos estabelecer outra topografia para as contas públicas e para o caminho que o Estado quer”, frisou.
Segundo Pivetta, o momento atual exige desprendimento de todos os setores, apesar de considerar que “todos tem razão”. “Acho que todo mundo tem razão. Os deputados novos tem razão, os servidores tem razão, os produtores que não querem aumento da carga tributária tem razão. Só que cabe aos governantes de plantão propor medidas que solucionem o caos que se gerou. É isso que estamos fazendo”, assinalou.
Produtor rural, Pivetta não se assusta com a possibilidade de taxação do agronegócio. Segundo ele, paralelo a reedição do Fethab 2, existe a proposta de enxugamento da máquina pública, o que possibilitará os investimentos necessários em infraestrutura. “Não estamos iludidos, nem pretendemos penalizar um setor só. Estamos trabalhando com toda transparência do mundo. De um lado, para melhorar a eficiência da máquina, diminuir o custo desta máquina e aumentar a produtividade, e de outro, dá para aumentar a receita que é necessária em decorrência do desequilíbrio financeiro que foi gerado ao longo dos últimos anos”, pontuou.