O líder da bancada federal de Mato Grosso, Neri Geller (PP), criticou a base do presidente da República Jair Bolsonaro (PSL) no Congresso Nacional, e saiu em defesa do presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM).
"O Rodrigo Maia está sendo firme, ajudando o governo e está fazendo muito. Mas existe uma desarticulação completa no Congresso Nocional, o pessoal do presidente, a base do governo, precisa deixar o palanque, sair das redes sociais e trabalhar", disse Geller ao .
A crise entre o Palácio do Planalto e Câmara se iniciou na última quarta-feira, com desentendimento entre o ministro da Justiça Sérgio Moro e Maia, e culminou na saída de Maia da articulação para se votar a reforma da Previdência.
Maia chegou a afirmar que o governo Bolsonaro não tem ideias. Já o presidente Bolsonaro afirma que a velha política está incomodada com as mudanças.
Geller acredita que a base do governo do Congresso precisa neste momento, deixar a questão ideológica de lado. "Não precisamos discutir quem é de direita e quem é de esquerda. Enquanto parlamentares nós precisamos votar".
Para Geller, a reforma da Previdência precisa ser votada ainda no primeiro semestre para "viabilizar o país" .
"A reforma não é uma questão de governo, mas sim de país. Mas todo esse ruído causa um desarranjo porque o presidente precisa de 308 votos. Eu disse isso para o ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni e para a líder do governo Congresso , deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) ", afirmou.
"Tá na hora de trabalhar e não se meter em assuntos que não nos diz respeito ao nosso trabalho. A justiça está fazendo a parte dela", concluiu.
Para o deputado federal Nelson Barbudo (PSL), todo este atrito entre o Maia e Bolsonaro é desnecessário para o país.
"Eu vejo com muita tristeza. Eu acho que não precisava desses atrito. A prisão do Michel Temer e do sogro do Rodrigo Maia. Aí depois comentário em twitter do filho do Bolsonaro. Eu acho desnecessário essas colocações. O Brasil é maior que isso", disse.
Barbudo disse ainda que junto com outros deputados vão tentar iniciar uma articulação para acalmar os ânimos entre governo e Congresso. "Existem intrigas mas precisamos sentar e conversar. Porque o bom-senso tem prevalecer".
Sobre a prisão do ex-presidente Michel Temer (MDB), o parlamentar disse que não se pode fazer "politicagem" com o caso.
"Eu não apoio e nem desaprovo. Eu respeito a justiça. Não uso prisões para fazer politicagem. Mas quem deve, tem que pagar perante a justiça".