Reunião entre João Balbino e o secretário adjunto de Obras Rodoviárias, Nilton de Britto, foi intermediada pelo deputado Toninho de Souza (PSD)
O prefeito de Rosário Oeste, distante 120 quilômetros de Cuiabá, João Antônio da Silva Balbino (PR), se reuniu com o secretário adjunto de Obras Rodoviárias, Nilton de Britto, na manhã desta segunda-feira (02), em Cuiabá, após ver o município ser prejudicado pelas últimas chuvas. Na zona rural são cerca de 90 pontes de madeira e, algumas delas, danificadas pelo temporal precisam de manutenção imediata por parte da Secretaria de Estado de Infraestrutura, alerta o gestor. A ponte mais crítica tem 117 metros e fica na Forquilha do Rio Manso, região que recebeu na última década muitos investimentos para a produção de soja e milho.
Para o deputado estadual em exercício, Toninho de Souza (PSD), que intermediou a reunião, a situação das pontes em Rosário Oeste precisa de atenção especial do governo do Estado. “A cada ano, pelo menos cinco pontes caem ou ficam interditadas no período chuvoso”, observa o parlamentar. Segundo ele, é mais econômico se construir novas pontes de concreto do que manter a manutenção em pontes de madeira. “Uma ponte como essa da Forquilha do Manso já consumiu recursos em reformas que seriam suficientes para a construção de uma passagem mais moderna”.
O deputado lembra que Rosário Oeste foi criado pela Lei Provincial nº. 8, de 25 de junho de 1861, e ainda enfrenta alguns dos problemas de infraestrutura que sofria no século 19. Muitas das pontes que necessitam de manutenção fazem a ligação com comunidades dos municípios vizinhos de Barra do Bugres, Porto Estrela, Alto Paraguai, Nobres, Santa Rita do Trivelato, Boa Esperança do Norte, Paranatinga, Planalto da Serra, Nova Brasilândia, Chapada dos Guimarães, Cuiabá, Acorizal, Jangada e Nossa Senhora do Livramento. “Dos 17.679 habitantes do município, cerca de 40% estão espalhados por assentamentos e pequenas vilas que precisam dessa atenção por parte do Estado”, completou Toninho.
A trafegabilidade nas pontes com mais de 12 metros de comprimento, segundo o prefeito João Balbino, vai garantir a manutenção do principal eixo econômico do município, que é a agricultura familiar. “São 34 assentamentos e outras 30 unidades rurais que dependem do escoamento da produção para garantir o seu sustento. Isso, sem contar os cerca de 30 mil hectares que já estão plantadas com soja e milho, sobretudo na região da Forquilha do Manso”, salienta o gestor. Na pecuária, Rosário Oeste cria 174.245 cabeças de gado (IBGE 2010) em cerca de 200 mil hectares de pasto. “Precisamos de pontes e estradas trafegáveis para transformar esse produção em divisas e renda”.
A vereadora Selma Anzil da Silva (PR) lembra que outra ponte que preciosa de manutenção permanente é a que fica sobre o rio Cuiabazinho, na divisa entre Rosário Oeste e Nobres. “Essa ponte é de vital importância e a região merece uma estrutura que ofereça segurança ao tráfego”. E essa não foram as únicas pontes que mereceram atenção na pauta da reunião. O secretário municipal de infraestrutura, Maxmar Cézar observou que, recentemente, a ponte que fica na divisa com Nova Brasilândia também cedeu e quase rodou totalmente na correnteza do rio.
Nesse último caso, a Secretaria Estadual de Infraestrutura interviu e devolveu a trafegabilidade sobre a ponte. Nilton de Britto observa que o Estado faz a manutenção de mais de 26 mil quilômetros de estradas de terra e de cerca de 2.400 metros de pontes de madeira. “Vamos fazer o possível para atender a essa demanda do município e estabelecer parcerias para que Rosário Oeste possa fazer parte da doação de kits para a construção de pontes de concreto”.