MPE investiga ex-procurador-geral por doar máquina dos grampos para PM em MT

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Quinta, 18 Julho 2019 | FolhaMax
O procurador-geral do Ministério Público do Estado de Mato Grosso, José Antônio Borges Pereira emitiu um despacho avulso interno hoje (17) que visa levantar as informações relacionadas à destinação da placa de computador da marca “Wytron”, utilizada para realização de escutas telefônicas. A iniciativa foi tomada levando em conta depoimento do coronel Evandro Alexandre Ferraz Lesco, na tarde desta terça-feira (16), de que o ex-chefe do órgão, procurador Paulo Prado, fez a doação do equipamento para a Polícia Militar.

Lesco prestou depoimento ontem no caso conhecido como “Grampolândia Pantaneira”. Ele envolveu, além do ex-chefe do MPE, outros promotores que atuavam no Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado).
O cabo Gerson Correa Junior também falou que a placa, utilizada para os grampos ilegais, pertencia ao MPMT e era usada no Gaeco. Apontado como operador do esquema, ele reconheceu a placa por conta dos anos em que atuou no órgão de combate ao crime organizado.

O procurador-geral determina, ainda, a juntada ao procedimento gerado a partir do despacho da cópia integral do SIMP (Sistema Integrado do Ministério Público) de nº 006070-001/2017, em que o Ministério Público presta informações ao Comando Geral da Polícia Militar referentes à destinação da placa “Wytron”, assim como das notícias veiculadas pelos meios de comunicação sobre o assunto.

Tomadas tais providências, o procurador José Antônio Borges Pereira ordena “a remessa do procedimento gerado à Corregedoria-geral do Ministério Público para conhecimento e providências julgadas pertinentes, com cópia integral ao Núcleo de Ações de Competência Originária – NACO Criminal”.

VERBAS SECRETAS

Ontem, o procurador geral de Justiça informou que abriu procedimento administrativo para averiguar se há procedência nas afirmações do cabo Gerson Correa sobre desvio de verba destinada aos membros do Gaeco. Essas verbas são destinadas a cobrir despesas operacionais em procedimentos investigatórios reservados que exigem sigilo, porém há um controle do seu uso por meio de prestação de contas.

Em depoimento, o coronel Lesco afirmou que, quando já estava na Casa Militar do Governo do Estado, foi procurado por uma servidora do Gaeco pedindo que assinasse documentos referentes a esta verba.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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